segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A polêmica do sacrifício de animais.

Apesar de ter se passado 50 anos, me lembro como se fosse hoje: Usando minha melhor roupinha lá ia eu papai, mamãe e meu irmazinho de colo, visitar a vovó Benedita todo Domingo depois da missa. A mesa era farta pois o vovô já havia matado duas galinhas gordas para o banquete. Todo final de ano era uma festa acompanhar o vovô matar três leitões gordos e um peru para a ceia de Natal. Nada era desperdiçado, tudo virava alimento. Os anos foram passando, os hábitos foram mudando, mas a mesa nas comemorações festivas ficava cada vez mais farta. Achavamos uma tristeza sacrificar os animais, então passou-se a compra-los já mortos, afinal o que os olhos não veem o coração não sente…..
No campo, ainda hoje, os sitiantes mantém galinheiros, criadouros de porcos e caprinos para o sustento da família. Será que um dia também como nós irão terceirizar o sacrificio de animais?
Particularmente não gosto da idéia do sacrificio de animais nos terreiros de Umbanda, mas fico pensando…..e os churrascos do qual participo?, e os rodizios de espetos nas churrascarias especializadas…..será que esses animais foram sacramentados antes de serem mortos? alguem teria reverenciado sua morte, ou ainda agradecido pela doação da vida? duvido muito! Milhares de animais são mortos todos os dias para virar alimento, e não por homens, mas sim por máquinas automáticas. Estaria eu sendo hipócrita em condenar o sacrifío de animais nos terreiros?, afinal o sacrifício é feito com respeito, por alguem especializado e nada é desperdiçado, exatamente como vovô fazia lá no sitio.
Não sei explicar porque mas continuo não gostando da idéia de sacrificar animais, mas… diante da mesa farta vou procurar não pensar no assunto.
Veja a opinião de Pai Caio de Omulu na lista de links.
Wilson de Omulu

Um comentário:

Anônimo disse...

Existe uma grande diferença em matar um animal para alimentação ematar um animal para uma divindade ou um espirito.
Sabemos bem das diferentes necessidades existentes entre nós os humanos que vivemos na matéria e espíritos que não possuem mais corpo material.
É necessário uma reflexão bem mais profunda sobre este assunto!

Alberto

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