Estórias que nos foram contadas
A missa já estava começando quando Salvador chegava as pressas. Isso acontecia todos os Domingos, e quando o danado entrava, todos o acompanhavam com o olhar, também pudera, o homem tinha quase dois metros de altura!. Morador do morro da paineira, vivia tentando viver do cultivo de uma roça naquele terreno árido e improdutivo. Havia dois anos que insistia em viver naquele lugar e mesmo passando dificuldade não perdia a esperança de que algo de muito bom estava reservado para ele. Durante a noite podia-se observar uma pequena luz no alto do morro, e eu sabia que Salvador tinha o hábito de acender uma vela ao lado de uma bandeja com partes de alimentos tirado da sua mesa, na verdade eu não podia entender aquela mania. Naquele ano o inverno foi cruel e tivemos que ajudar Salvador que nada tinha para comer, conselhos para que ele fosse morar na vila não faltaram, mas o cabeça dura acreditava que ali deveria permanecer com a família. Quase chegando as festas do natal, um ancião de nome Arlindo foi embora desta terra e nós fizemos o velório na igreja uma vez que o homem era irmão devoto e foi nesse dia que soubemos que Arlindo tinha deixado todas suas terra a família que morava no morro da paineira. A vida de Salvador mudou muito, mas ainda se pode ver nas noites escuras uma pequena luz no pé da paineira.
Por Padre Antonio de Jesus Cristo.
Saravá meu querido Pai Guiné.
Saravá meu querido Pai Guiné.
Nenhum comentário:
Postar um comentário