sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Implantes nos humanos

Os implantes e dispositivos de limitação espiritual são barreiras vibratórias no caminho da ascensão que bloqueiam seu progresso para a plena auto-realização. Eles bloqueiam seu caminho colocando vendas e criando falsas realidades em sua consciência e portanto, limitando o seu acesso para seu Eu Superior. Estes são mecanismos de controle externo das Forças Escuras que mantém você numa realidade dual. Ainda que haja muitos tipos, propósitos e causas, todos atuam como canais inconscientes de energia negativa em sua vida e representam laços cármicas e associações necessitam ser curadas e retificadas.


As forças escuras são seres que não honram ao Criador/Fonte. Eles buscam tomar energia e poder de outros seres em lugar de recebê-los de Deus. Mesmo tendo sido criados por Deus, eles, através de seu próprio livre arbítrio, têm participado da ilusão da separação do Mestre do Universo e têm se oposto às suas Criações no nível de dualidade. Em sua dor, eles buscam controlar aos outros. Uma forma pela qual fazem isto é através de implantes. Os grupos principais com os quais nos defrontamos aqui são os "Greys", os Reptilianos e os Dragões.


Os Reptilianos são uma raça de seres que depredam a humanidade e, de fato, buscaram cultiva-la como uma raça escrava para seus propósitos. Em consequência, eles se vêem a si mesmos como participantes na criação da raça humana e portanto, crêem que tem o direito de interferir no seu desenvolvimento. Isto significa que crêem que podem controlar a humanidade através de qualquer meio necessário. A Lei Universal que é constante é a não interferência no livre arbítrio de outro ser. Contudo, eles violam esta lei universal.


Uma das formas pelas quais se tem recebido os implantes é através de associações com diferentes organizações espirituais de natureza negativa. Isto inclui qualquer religião ou seita que utilize o controle mental e o medo para reforçar o controle de seus membros. Esses votos de fidelidade permanecem até serem revogados. Esta energia necessita ser transmutada.


Os implantes são colocados nos corpos sutis e controlam nosso acesso às frequências do EU. Quando nossas vibrações caem ao nível de dualidade e cremos na ilusão da separação de Deus, nos tornamos suscetíveis.


A maior parte da humanidade vive numa realidade dual e comprou a ilusão da separação de Deus. Quase todos estamos vivendo sob a influência de algum tipo de implante ou dispositivo de limitação espiritual. E eles ficarão até que sejam limpos.


Recordem! Os que nos implantaram querem nos controlar e fazer crer que não somos um com nosso Criador. Se não acreditarmos nisso, nos converteremos numa ameaça para eles e seremos atacados de todas as maneiras.


Fonte: http://apos2012.blogspot.com/2009/12/liberacao-de-implantes-espirituais.html

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

← A ESTÓRIA DE UM EXU, AMIGO MEU

O SUICIDA
Publicado por atabaque26

Quando se toma uma decisão como essa, a cabeça parece adormecer e nenhum pensamento racional é criado, o mundo se torna insuportavelmente silencioso e dispensável. Enquanto caminho, consigo apenas ouvir meus próprios passos amassando a lama sob meus pés úmidos. Nesse momento nada me incomoda, não sinto dor, nem mágoas, nem medo, tão pouco remorsos, quero apenas chegar ao fim da rua e dar cabo a minha existência sem sentido.

A solidão não me incomoda, afinal foi ela, única companheira nos momentos em que mais precisei de alguém ao meu lado. Não sei há quanto tempo estou caminhando, mas que importância tem o tempo para mim, se ninguém me espera e não existe futuro algum, ou a menor chance de que algo aconteça e mude meu destino. A garoa é persistente, escorre pela minha face disfarçando as lágrimas de fracasso. Ao longe uma luz tênue me chama atenção porque parece estar dançando ao compasso do vento molhado, esqueço por um instante a lama entre os dedos dos pés descalços e feridos, alcanço, e paro diante daquela vela colocada a margem da estrada vermelha. Uma bandeja com alimentos e uma vela que resiste a chuva, é a única fonte de luz do lugar, e torna quase invisível um homem vestido de preto e chapéu de aba larga, estático, apenas observando aquela oferenda, como que aguardando que algo inesperado aconteça. Ele me ignora, fica em silêncio e não me dirige sequer um único olhar. Sem me incomodar, retomo minha caminhada decidida, nada mais nesse mundo pode me amedrontar, então ignoro o homem que agora me acompanha de perto. Finalmente chego ao final da rua, e posso ver ao longe as luzes da cidade, que nessa hora certamente está dormindo. Basta agora mais um passo, para que de olhos fechados e com coragem, eu alcance as nuvens. O homem de preto está agora parado ao meu lado, mas continua a me ignorar.

Eu:
- O que você quer de mim?
- Por que me acompanhou?
- Nem tente!
- Nada que você possa fazer vai me impedir de saltar!
Ele:
- Não cabe a mim dissuadir você de nada que queira fazer.
- Devo apenas garantir seu direito de escolha.
- Se desistir, irei te acompanhar apenas até onde nos encontramos.
- Se saltar, irei te companhar durante a queda, e garantir que encontres o solo.
- Depois, te apresentarei às portas do inferno, onde seu algoz será sua própria consciência.


Então pela primeira vez Ele me olha bem nos olhos, e de repente comecei a sentir frio e fui tomado pelo medo de morrer. Saí então correndo, e só parei quando o ar me faltou. Com as duas mãos apoiadas sobre os joelhos, olhei para trás, e lá estava ao longe a luz da vela ainda acesa. Não consegui ver o homem de preto, mas eu sabia que ele estava lá….., de pé….., apenas observando…..


Laroiê Exu Tranca Ruas das Encruzilhadas!
Por: Wilson de Omulu

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Entrantes (como são produzidos)


Os entrantes são seres produzidos em laboratório e recebem uma programação específica (missão) a ser desenvolvida durante a sua permanência no corpo físico do hospedeiro.

Os construtores de entrantes o fazem como se estivessem a participar de uma indústria, semelhante ao que ocorre nas fábricas de carros. Isto é, em cada plataforma é colocada uma peça, parte ou acessório.

Construção de um entrante:

Os engenheiros de entrantes capturam a energia do indivíduo a ser implantado e a partir dessa carga energética fabricam uma criatura parecida com um humano e a programam de acordo com os seus objetivos.

Essa construção ocorre por partes. Primeiro constroi-se o corpo emocional, depois o corpo respondente, e no final colocam a programação nas suas células.
Digamos que haja num entrante a seguinte porcentagem: 20% de energia do hospedeiro e 80% de energia do laboratório onde foi construído. Nunca um entrante é totalmente indiferente energeticamente ao cedente do corpo físico.

Vou explicar os passos dessa fabricação.

Passo 1: escolhe-se a vítima/alvo do processo.

Essa escolha pode acontecer por motivos nobres ou por vingança deliberada das fraternidades das sombras. Quando o objetivo é divino, o indivíduo já sabe previamente que passará por isso durante a sua vida terrena, aceitando os acontecimentos e deixando o corpo conscientemente. Quando não, o humano nem desconfia ao ser substituído e começa a sofrer todo o tipo de sordidez contra a sua alma e os seus valores ético-espirituais.

É importante salientar também sobre os casos em que o hospedeiro permanece consciente de estar a servir as forças das trevas e, mesmo assim, cede espaço em seu corpo para que os entrantes se manifestem.

Passo 2: implantar a entidade entrante.

Esse processo é mais complexo porque não ocorre da noite para o dia. Às vezes, demora uma eternidade para que toda a implantação se consolide. Claro que se existir a anuência do hospedeiro, as coisas ficarão mais fáceis e menos demoradas.

A implantação entrante se dá por cirurgia espiritual. Geralmente o implantado não se lembra. Apenas tem a sensação de haver passado por algum evento estranho, ou de ter sonhado estar caindo num abismo sem fim.
As transformações no comportamento começam a partir desses sonhos. Isso ocorre frequentemente na infância, quando estamos mais indefesos e tudo o que reclamamos é tido como “coisa de criança”.

Há também situações nas quais a colocação de um entrante se dá depois de a vítima ter sofrido um acidente grave ou de ter passado por um trauma emocional e psicológico intenso.

Passo 3: Desenvolver a missão.

O entrante, uma vez instalado, passa por um processo de adaptação e só depois começa a desempenhar o seu papel dentro daquele novo corpo. Sua missão pode ser a de monitorar o planeta, vigiar o implantado, destruir a vida do implantado, fazer algum bem, ou mal, à humanidade, etc. Isso vai depender dos propósitos dos engenheiros que o construíram. Se servirem à luz, sua missão será sempre boa para todos. Se trabalharem para as trevas, não precisa nem dizer.

Há casos raros nos quais alguns seres resolvem pessoalmente transformarem-se em entrantes a fim de desenvolverem uma missão na Terra. Nesta circunstância, o ser vem protegido por um exército gigantesco de seres astrais para que a sua missão não sofra percalços ou falhas impeditivas. Cito, por exemplo, os missionários Gandhi, Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, dentre outros.

Autor: Gesiel Albuquerque

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Caminho das oito vias


O Tantra é parte do Budismo Tibetano. É a compreensão do Caminho das oito vias.


Buda ensinou a seus discípulos que os extremos da vida deviam ser evitados, que o caminho do meio é a forma de chegar ao equilíbrio, ensinou ainda que, tanto o prazer extravagante ou a abnegação exagerada deviam ser evitados. Ambos os extremos provocam sofrimento.
Para Buda existem oito vias para romper com o sofrimento e levar ao caminho do meio e assim chegar a iluminação.


1. Visão Correta
A vida de cada pessoa está envolvida por crenças e hábitos desta e de existência passadas. Que é difícil desviar-nos completamente destas crenças, mas não impossível, porque além de sermos animais sociais, somos também animais racionais. Buda ensinou que a vida precisa de um projeto, de mapas em que a mente possa confiar, a energia de cada um deve ser dirigida a um propósito.


"Um elefante por mais perigo que corra, não fará nada para fugir até se assegurar de que o caminho que vai percorrer suportará o seu peso. Sem ter esta certeza, irá preferir a agonia à incerteza da queda".


O mesmo acontece com o ser humano, até que sinta que sua razão não esta satisfeita, ele não avança com firmeza em nenhuma direção. Assim, é necessária alguma orientação intelectual antes de se fazer algo com firmeza. Os ensinamentos sobre uma das "Quatro Nobres Verdades" fornecem esta condição. O sofrimento é provocado pelo desejo de satisfação pessoal. Esse desejo, ou anseio é refreado através do Caminho das Oito Vias.


2. Aspirações Corretas
Enquanto o primeiro passo nos leva a tomar decisões tendo em conta o problema básico da vida, o segundo conselho é deixar que os nossos corações sigam os seus desejos.


3. Linguagem Correta
É necessário estar atento. O primeiro aprendizado é usar a linguagem correta, estar ciente do poder que a linguagem de cada um pode revelar sobre a nossa personalidade. Ao invés de começarmos com a decisão de só dizermos a verdade, faremos melhor se recuarmos um pouco e pensarmos na quantidade de vezes que, durante o dia, nos desviamos da verdade e por que razão o fazemos. O homem deve abster-se da mentira, da bisbilhotice e das frivolidades e deve falar de forma verdadeira, amigável e atenciosa.


4. Conduta Correta
Antes de tentar ser melhor deveríamos entender o nosso comportamento. A conduta correta implica em não matar nenhum ser vivo, animal ou humano, não roubar, não se entregar a relações sexuais licenciosas, não mentir e não usar drogas.


5. Atividade Correta
O progresso espiritual é impossível quando as ações pessoais são contraditórias. Para aqueles que buscam a libertação, não é suficiente a vontade, precisam dedicar toda a sua vida ao projeto de se tornarem livres dos conceitos e crenças errôneas. Atividade correta consiste em observar a própria conduta, dedicar-se a ocupações que promovam a vida ao invés de destruição.


6. Esforço Correto
Aquele que busca o caminho do meio não deve permitir a intervenção de pensamentos ou de estados de espírito destrutivos, e se estes já estiverem instalado, deverá buscar desviá-los, antes de seus efeitos visíveis.


7. Atenção Correta
Em um texto sagrado do Dhammapada, está escrito: "Tudo o que somos é o resultado daquilo que pensamos".
Buda considerava que a liberdade é a libertação que cada um pode alcançar dentro desta existência por meio do autoconhecimento, deixando de agir sempre dentro de atitudes inconsciente e automática. Isto é, estar atento aos pensamentos e sentimentos, perceber que eles chegam e saem e não constituem parte de nós. Devemos testemunhar os acontecimentos de forma reativa, olhando e vivenciando os estados de espírito e as emoções de forma a não condenar ou dar importância demasiada a nem uma delas.


8. Êxtase Correto
É estar atento ao controle completo sobre a mente e o corpo, neste ponto um praticante de Tantra estará pronto para entender a meditação.


Mikka Wentz
www.ser-tantra.com.br/

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Extraterrestres

A humanidade tem sido alvo do interesse de muitos Ets, cuja existência, muitos não ousariam imaginar. Falo, por exemplo, dos Ets insectóides, dos astronautas e dos Ets robôs. Esses são os mais frequentemente vistos e contatados em nível de primeiro e segundo grau.

Esses ETs são muito científicos e possuem um poder mental grande. Dessa forma, eles podem ler os nossos pensamentos, sentimentos e emoções, e podem estudar, com grande maestria, o nosso código genético, fisiológico e energético.

Já mantive contato com os Ets astronautas e os Ets robôs. E já vi de longe um Et insectóide. Vou relatar, muito resumidamente, como foram essas experiências.

No primeiro contato, eu estava em frente da minha casa quanto avistei um ser parecido com um humano flutuando a uma distância aproximada de 400 metros em manobra de observação. Esse ser vestia um escafandro branco e usava um capacete hermeticamente fechado. Do alto, o Et astronauta tirava fotos de mim.

Certa vez, eu fui seguido por um ET robô. Ele aparentava ter uns 2 metros de altura e tinha a pele (lataria) na cor bronzeada, semelhante ao cobre. Ele não falava coisa alguma, mas, estranhamente, eu consegui entender o que ele queria ali. Isto é, ele consegui transmitir telepaticamente as suas mensagens; e eu as entendi.

Numa outra oportunidade, estava num determinado local quando avistei um ser gigante, semelhante a um enorme gafanhoto. Ele estava comendo capim (folhas) e nem olhava para mim. No entanto, deu a entender que sabia da nossa presença. Alguém me alertou para que eu não chegasse mais perto, ou então, seria atacado.

Vale salientar, extemporaneamente, que a maioria dos alienígenas existentes na atmosfera Terráquea não possui corpo físico. Outros possuem, porém não querem ser vistos. Para tanto, eles utilizam um avançado recurso de camuflagem e, ainda, usam materiais e roupas não refletidoras da luz. Mas eles estão entre nós, mais próximos do que imaginamos.
Autor: Gesiel Albuquerque

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A ESTÓRIA DE UM EXU, AMIGO MEU
Publicado atabaque26
Há alguns séculos atrás, eu fazia parte de uma família muito humilde, porém com grande sabedoria. Isso fazia com que as pessoas do pequeno vilarejo e amigos dos meus pais, tivessem muita inveja da gente. Sentimento terrível de se possuir, uma vez que envenena muito mais quem o possui, mas como ia dizendo, a sabedoria magística deles era incompatível para a época. Eram tidos como bruxos, porque através dos benzimentos ajudavam muita gente, mas a maioria preconceituosa, e formada por religiosos ortodoxos, eram contra essa prática, pois achavam que meus pais poderiam fazer mal a eles ou aos seus filhos e familiares. Para mim era incompreensível a persistência dos meus pais. Até que um dia, foram assassinados de forma cruel, e eu pequeno com apenas cinco anos de idade, passei a morar com meus tios maternos e duas primas esquisitas. Alí começava uma nova vida, repleta de descobertas e intolerâncias, caminho pelo qual passei e me lembro como se fosse hoje. Apesar da tenra idade, havia aprendido com meus pais muitas coisas, na verdade herdei o dom da cura, só que não sabia.

Meus tios, então passaram a ser meus tutores, e tomavam conta para que o bruxinho, era como me chamavam, não desenvolvesse seus dotes de magia, para isso me obrigavam a estudar a bíblia todos os dias. Na verdade meus tios nunca se preocuparam em disfarçar seu desinteresse por mim. Eu sentia uma chama arder dentro do meu peito, como que pedindo para sair, mas eu era pequeno para compreender que meu espírito sobrepunha a matéria e como um livro antigo, acumulava a sabedoria intuitiva milenar, que eu não sabia ainda como demonstrar. Fui crescendo, e a revelia dos interesses, o meu lado bruxo foi aparecendo para todos, claro que minha tia sempre muito carinhosa e amável comigo, me protegia do antagonismo do meu tio. Muitas coisas ela sabia que eu fazia, mas não contava a ele. Se contasse, ela seria banida da igreja, e aí seria o caos para mim e para ela.

Aprendi a conviver com minhas duas primas mais velhas, e fui crescendo, ficando mais maduro, nunca perdendo a oportunidade de pesquisar sobre bruxaria através da pouca literatura que meus pais haviam deixado disponível, afinal aquilo era minha história de vida. Com o passar do tempo a convivência familiar ficou suportável e foi com uma de minhas primas, exatamente a mais velha das duas, que nasceu um sentimento mútuo, capaz de nos unir na mais confidente cumplicidade. Seu nome era Vera, Vera de veracidade, palavra essa muito forte para a época. Jamais a esqueci. Era uma moça exemplar, muito bonita, cabelos longos e negros, olhos amendoados, lábios carnudos, de corpo escultural, não era pra menos a enorme fila de pretendentes, mas o nosso amor era focado em nós mesmos, e imune a todo tipo de interferência. Éramos felizes assim, da nossa maneira e minha tia se orgulhava do nosso relacionamento, mas o que não sabíamos é que nossa felicidade despertara o ódio de minha outra prima, Raquel. Moça lindíssima, era também muito inteligente e estudiosa, mas não gostava nada das pesquisas sobre bruxaria que eu e Vera fazíamos, provavelmente porque a Vera tinha se afastado um pouco dela ou por achar que iríamos fazer algo de mau contra ela. Contrariada deixou que o medo a tornasse muito amarga, medo esse sem sentido, porque a nossa bruxaria, nada mais era que explorar a magia dos elementos da natureza. Com o passar do tempo envenenada pelo próprio ódio, Raquel decidiu procurar um feiticeiro eremita muito famoso do lugarejo, em busca de proteção e esclarecimento sobre exatamente o que eu e Vera estávamos fazendo. Percebendo a fragilidade de Raquel o Feiticeiro a envenenou ainda mais contra nós, e foi então que um trabalho de magia negra foi realizado.

Nesse momento da nossa vida, era comum todos os dias uma pequena fila de pessoas em nossa porta em busca de ajuda, e notando a total indiferença de Raquel, por vezes explicamos a ela o objetivo maior do nosso trabalho espiritual.

O trabalho era árduo, e minha amada Vera começou a ficar muito angustiada, muito triste, começou perder peso e acabou ficando de cama. Minha sogra ficou muito preocupada quando viu sua filha assim, tão fraca, frágil e debilitada. Com o passar dos dias não caminhava mais, tínhamos que colocar o alimento em sua boca, não falava mais, e o desespero foi tomando conta de mim em apenas imaginar a possibilidade de perdê-la. Seus pais ficaram apavorados e por isso trocaram várias vezes de médico, na esperança de um diagnóstico correto que pudesse salvar sua vida, mas ela não se recuperava, eles não descobriam o que ela tinha, nada adiantava.

Já sem esperanças corri por um matagal que fazia frente a nossa casa, e só parei quando caí de peito a margem do rio que cruzava nossa cidade. Era tarde da noite, então instintivamente levantei os meus braços para o céu e sem entender o que falava gritei para o universo:
- Atotô meu Pai Omulu!
- Vós que tem o poder sobre todas as moléstias, vinde em socorro de minha amada Vera!
- Vós que tem a maior de todas as magias, detenha qualquer outra que possa ter atingido minha mulher, e sem compaixão, que vossos servos devolvam a demanda a quem pertence de direito.
Em prantos e com os joelhos enterrados na lama, observei que várias pessoas cobertas por um manto escuro e um capuz, disseram em coro:
- Assim será feito!

Depois de sair do transe, fiquei ainda algum tempo sentado a beira do rio e achei que tudo aquilo não passara de uma alucinação.
Era alta madrugada quando voltei para casa e qual foi minha surpresa ao encontrar Vera sentada na cadeira de balanço, apreciando a lua que se mostrava em sua plenitude.

Depois desse dia, nossa vida se modificou e virou parte da nossa rotina ir nos dias de lua cheia, até a beira do rio reverenciar e agradecer o que chamávamos de os espíritos do rio.

Muitos anos se passaram, e além dos filhos e netos maravilhosos, tivemos uma vida repleta de momentos felizes e inesquecíveis. Agora era eu que velho e cansado, na cama esperava pelo momento de partir deste mundo. Minha companheira de sempre não se ausentava do meu lado, dando o conforto que meu espírito necessitava, porém, ela não notara o entrar daquele visitante, coberto por um capuz e por um manto negro;
….. ele tomou minha mão, me levantou, e me cobriu com um manto negro igualzinho ao dele, e disse:
- Vamos embora meu irmão!
- Hora de voltar para casa e assumir seu lugar ao meu lado novamente.
- Bom trabalho!
- Laroiê Exu!

Psicografado por: Cristina Arante (04/10/2010)
Laroiê Exu Caveira!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O voo Air France 447


Há pouco mais de Um ano, um avião da empresa Air France caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo. A aeronave decolou do Rio de Janeiro e saiu rumo à Europa com previsão de chegada no dia seguinte, mas não chegou.

Diversas especulações surgiram a respeito da queda desse avião, as quais variaram entre as hipóteses de tempestade, turbulência, falha técnica e até terrorismo. Ninguém, entretanto, aventou a possibilidade de aquele jato ter se chocado com um OVNI (Objeto Voador Não Identificado).

O lamentável disso, além da perda de vidas indefesas, é o fato de a caixa preta ter caído numa área muito profunda do oceano, inviabilizando o seu rastreamento e a sua conseqüente busca.

Com a caixa - que não é preta - em mãos, a humanidade (se tivesse acesso às informações) iria se estarrecer com a tragédia ainda mais. O acidente foi causado por uma nave espacial alienígena que, por falha dos seus pilotos, entrou em rota de colisão com o Air France 447.

Essa possibilidade não foi levantada porque soaria bizarro aos olhos de todos uma elucubração dessas, partindo-se do princípio que alienígenas não existem. Mas foi isso que aconteceu. A nave dos ETS bateu no lado direito da cabine do avião, onde fica o co-piloto. A pancada foi tão forte que imediatamente o avião entrou em queda-parafuso e começou a se despedaçar.

A nave dos aliens também se desintegrou e caiu há uma distância de 2 quilômetros de onde o Air France afundou. Acidente lamentável, mas, se houvessem recuperado a caixa de dados, todos teriam percebido o quanto somos visitados por Ets, e como anda o nosso espaço aéreo, cheio de aviões humanos e naves alienígenas.
Autor: Gesiel Albuquerque

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Seres Entrantes (ou intrantes) 2

É bom citar que muitos entrantes vêm a nós com palavras e condutas de vida ilibada, baseadas em preceitos divinos de vida de forma incontestável. Então, de que forma pode servir ao mal? É simples. Quando se fornece o conhecimento a alguém que ainda não possui habilidade suficiente para lidar com ele, é bem mais fácil a este ser passar a servir ao lado negro.

Para se localizarem seres entrantes não nos parece ser muito difícil, visto que possuem grande poder de convencimento em suas palavras e estão infiltrados entre nós como lideres políticos, intelectuais, financeiros e religiosos; sendo algumas de suas palavras verdades da luz, como: respeito ao próximo, amor incondicional, etc.

Outras vezes, eles fornecem conhecimentos ocultos iniciáticos verdadeiros da energia cósmica (magia), esperando, de 100 iniciados, que 99 utilizem este conhecimento para conseguirem bens materiais ou simplesmente os levem a uma estagnação. E quando se derem conta, suas vidas físicas já tenham sido perdidas em caminhos que levaram a lugar nenhum.

Fonte: http://www.eusouluz.iet.pro.br/entrantes.htm

Seres Entrantes (ou intrantes) 1

O termo entrante (ou intrante) é o nome usado para determinar seres de origem espiritual, que não utilizam os meios Divinos para se estabelecerem e utilizarem um corpo de origem física encarnado em nosso meio. (transmigração)

O processo entrante se dá em uma cirurgia espiritual que pode durar meses ou anos, de tão delicada que é, por isso é realizada por seres que portam com sucesso implantes emocionais, mentais e alguns implantes espirituais de complexidade menos elevada.

Este tipo de cirurgia só pode ser realizada com a anuência do ser espiritual ocupante do corpo físico através de seu Eu Superior - nunca seu Eu Inferior - sendo que os métodos de convencimento aplicados ao ser implantado são diversos, mas a maioria é iludida (enganada), pensando estarem a servir a Luz de Deus; outros, através de vantagens karmicas ou materiais por toda a sua vida; e ainda, através de pactos de serviços, etc.

É comum encontrar estes seres da Luz contrária, na história da humanidade, desde a Lemuria e a Atlântida até os dias de hoje, no meio de humanos encarnados.

Fonte: http://www.eusouluz.iet.pro.br/entrantes.htm

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Ordem do Dragão Negro


A loja da Mão negra, era uma das maiores instituições e templos de cultura de manipulação e controle evolutivo, onde a vampirização das diversas formas de vida, para a escravidão servil de todas as formas de vida, que pudessem ser produtivas, se instaurou em muitos mundos.

Poderíamos dizer que a Loja da Mão Negra é uma sucursal de Anhotak, que é a representação estelar do Anti-Cristo em muitas culturas e o pai direto da entidade denominada entre nós como Satã. Essa loja é uma das maiores e pertence a grande ordem secreta dos Iluminattis e a mais antiga ainda pouco conhecida que foi renomeada por varias questões políticas no decorrer dos milhares de séculos da sua presença aqui na Terra.

A Loja e sociedade secreta do Dragão Negro de Orion é, na verdade, uma antiga representação dos rebeldes Draconianos e outras raças ligadas a sua poderosa estrutura cultural, que geraram a forma social de colonização escravagista em muitos mundos incluindo a Terra. Muitas das antigas divindades que utilizavam uma Tonica de superioridade e escravidão das raças inferiores, estavam ligadas a essa sociedade imperialista.

Dessa grande loja, surgiram muitas derivações que alçaram seus tentáculos para todos os planetas com alta taxa de dualidade ainda num estagio primordial, o que levou a grande guerra com a federação intergaláctica e posteriormente a conflito bélico com a própria Confederação intergaláctica. Para que tenham uma idéia de como a Ordem do Dragão Negro se propagou na Terra, dentro do processo cultural dos extraterrestres que estavam encarnando na Terra e dando continuidade ao império estelar da Ordem do Dragão e posteriormente da Mão Negra, ela foi se apoderando de muitas lojas secretas que inicialmente tinham que trazer a luz e o conhecimento é não apenas o poder como muitas o fizeram.

Assim, dentro da escala atual de poder entre as diferentes lojas internas dos Iluminattis, temos importantes lojas secretas e herméticas, que deveriam dar sustentação a nossa sociedade de forma a elevar a evolução da mesma para uma nova ordem mundial, o que na verdade foi severamente manipulados pelos dirigentes da Ordem Negra há muitos anos, em confronto direto as lojas brancas dos mestres como é o caso da Ordem da Mão Vermelha, que tem procurado resguardar muitos conhecimentos que se perderam no tempo.

Outros conhecimentos estão sendo guardados devido a total falta de capacidade e discernimento da humanidade, em especial pelos aventureiros do magismo, que entraram no modismo sem medir as conseqüências das manipulações que ocorrem com seus pactos espirituais de magia, sem um conhecimento pleno do que de fato estão fazendo, levando a confusão e mais uma vez a total desordem da Lei Universal e da lei cármica da Terra.

Esta pirâmide de lojas secretas esta diretamente ligada a estrutura econômica mundial e das manipulações financeiras, para manter a humanidade sobre total controle conciencial, mas é referente a muitos anos da nossa evolução, todas elas ligadas as antigas lojas herméticas, onde o magismo faz parte de sua base milagrosa, onde a manipulação do plano astral e dévico, representa uma fonte rica de poder.
Autor: Rodrigo Romo
Fonte: http://www.shtareer.com.br/materias/me.php?cb=1&ac=587

domingo, 12 de dezembro de 2010

Jesus X ETs

A fé é mesmo uma força que move montanhas. Essa afirmação é conhecida de todos e consta no livro bíblico que conhecemos. O incrível disso não é a frase, mas sim, a forma como a intenção é direcionada ao se produzir tal afirmação: a fé move montanhas.

Observe! Quando você acredita no que deseja, então a sua vontade acontece no plano dimensional da 3D. Não importa se o objeto da sua fé tem história prévia ou não. Ou ainda, se tem comprovações científicas para ratificarem a crença sobre ele. Um exemplo: acreditar em Jesus como salvador do mundo.

Sobre Jesus, a única fonte de informação é a bíblia. Não há, entretanto, uma fonte histórica ou científica sequer que comprove a existência desse ser conhecido, também, como o "rei dos judeus". Mas, mesmo assim, os humanos acreditam piamente nas suas supostas palavras. Isso é intrigante!

O mais incrível ainda é perceber que boa parte daqueles que matariam ou morreriam para comprovarem a existência de Jesus, não o fariam se o tema fosse acreditar na existência de extraterrestres. Pergunto. Qual é a diferença? Respondo. Nenhuma.

Se não se pode comprovar a existência do homem Jesus, também não se pode provar que extraterrestre existe. Porém, acredita-se avidamente no primeiro e despreza-se, com muita segurança, a possibilidade de vida do segundo. Estranho isso, né!

Qual seria, então, a razão dessa discrepância da fé? Por que muitos homens e mulheres movem (e até removem) montanhas para pregar as palavras de alguém que, na prática, nunca existiu? Por que não fazer o mesmo em relação aos Ets? A resposta é simples: porque a maioria dos humanos é representante dos aliens na Terra. E para os Ets, não é interessante sabermos que eles existem, pois o véu encobridor dos nossos sentidos cairia e perceberíamos as suas várias formas de manipulação mental, emocional e energética.

Há poderosos soldados alienígenas entre nós, em patamares altíssimos de influenciação pela palavra, pelo dinheiro e pela opressão, dispostos a demoverem de qualquer ideal o mais simples movimento voltado à descoberta das práticas extraterrenas contra os humanos. Em outras palavras, os humanos são prisioneiros e vão continuar assim por muito e muito tempo.

Só quero que saibam o quanto a humanidade é induzida a não se interessar ou a procurar, erradamente, respostas para os diversos dilemas existenciais. Para isso, há muitos Ets encarnados entre nós, fingindo serem os melhores cidadãos, dominando setores específicos dos nossos grupos sociais, atentos a qualquer manobra de despertamento e sempre prontos a fortalecerem a fé humana em em outros assuntos, menos na existência deles.

Quando isso ocorre, eles vão diretamente aos seus chefes, no plano astral, contar tudo. Depois disso, os líderes extraterrestres elaboram um plano para aniquilar os agentes da tal manobra. Fiquem atentos.
Autor: Gesiel Albuquerque

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Orfanato em Aruanda




Publicado por atabaque26


Mais uma criança estava voltando para Aruanda com todos os traumas da rejeição. Sempre que Zambi planta uma sementinha no ventre de uma mãe da terra, o som dos atabaques celestiais não param até que a nova flor brote no seio da família escolhida. A cada dia que passa, o milagre da vida vai se firmando para alegria dos muitos irmãos envolvidos no processo. Muitas vezes o som dos atabaques celestiais cessam repentinamente, e o trabalho é interrompido de forma brutal. As lágrimas rolam e molham todos os rostos decepcionados, mas nada mais resta senão resgatar aquela, agora criança, que sem nada compreender chora compulsivamente. E foi assim que eu e a mãe adotiva envolvemos nos braços mais uma criança que voltava para casa com todas as seqüelas do aborto. Ela ficará feliz junto com as outras crianças que vivem aqui em nosso abrigo, e em tempo certo Zambi irá lhe devolver as lembranças e a sabedoria.


Muitas flores conseguem brotar nos jardins da famílias da terra, mas acabam igualmente sendo abandonadas e tuteladas por casas de abrigo. É como olhar um jardim repleto de flores sem as cores e sem perfume.


Próximo ao Natal, muitas pessoas costumam visitar os abrigos e levar presentes, mas o resto do ano, essas crianças sentem no peito a dor do abandono. É o carma delas dirão alguns, mera desculpa, pois nós sabemos que temos o poder de alterar o destino das pessoas.


O dia que Jesus nasceu está por ser festejado novamente, e soma-se a muitas outras giras festivas que acontecem no final do ano. É a celebração da vida, portanto momento de reflexão e de reafirmarmos nosso compromisso assumido para com Deus.






Por: Cristina de Oxossi


Saravá meu querido Pai Guiné!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Livro de Urântia - O Nascimento e a Infância de Jesus



(1344.1) 122:0.1 DIFICILMENTE será possível esclarecer de modo pleno sobre as muitas razões que levaram à escolha da Palestina como a terra para a auto- outorga de Michael; e especialmente sobre a razão pela qual a família de Maria e José fosse selecionada como o núcleo imediato para a vinda desse Filho de Deus em Urântia.






(1344.2) 122:0.2 Após um estudo da informação especial sobre as condições dos mundos segregados, preparado pelos Melquisedeques em conselho com Gabriel, Michael finalmente escolheu Urântia como o planeta onde cumprir a sua auto-outorga final. Depois dessa decisão Gabriel fez uma visita pessoal a Urântia e, pelo resultado do seu estudo dos grupos humanos e da sua pesquisa das características espirituais, intelectuais, raciais e geográficas do mundo e seus povos, ele decidiu que os hebreus possuíam aquelas vantagens relativas que garantiriam a sua seleção como a raça para a auto-outorga. Depois que Michael aprovou essa decisão, Gabriel destacou a Comissão Familiar dos Doze — selecionada dentre as mais elevadas personalidades deste universo — e despachou-a para Urântia, encarregando-a da tarefa de efetuar uma investigação sobre as famílias judaicas. Quando essa comissão terminou os seus trabalhos, Gabriel estava presente em Urântia e recebeu o informe que designava três casais com a perspectiva de poderem ser, na opinião dessa comissão, as famílias igualmente mais favoráveis à auto-outorga em prospecto, para a encarnação projetada de Michael.






(1344.3) 122:0.3 Dos três casais apontados, a escolha pessoal de Gabriel recaiu sobre José e Maria; em seguida ele fez a sua aparição pessoal a Maria, ocasião em que lhe comunicou as boas-novas de que havia sido ela a escolhida para tornar-se a mãe terrena do menino auto-outorgado.










1. José e Maria






(1344.4) 122:1.1 José, o pai humano de Jesus (Joshua ben José), era um hebreu entre os hebreus, embora trazendo muitos traços hereditários não judeus, que vinham sendo adicionados à sua árvore genealógica, de tempos em tempos, pela linhagem feminina dos seus progenitores. A linhagem ancestral do pai de Jesus remontava aos dias de Abraão e, através desse venerável patriarca, remetia-se até as linhas mais antigas de hereditariedade, que se ligavam aos sumérios e noditas e, através das tribos meridionais dos antigos homens azuis, até Andon e Fonta. Davi e Salomão não estavam na linha direta dos antepassados de José, nem a sua linhagem ia diretamente a Adão. Os ancestrais imediatos de José eram trabalhadores em artefatos — construtores, carpinteiros, pedreiros e forjadores. José, ele próprio, era carpinteiro e mais tarde foi um empreiteiro. A sua família pertencia a uma longa e ilustre linhagem notável de gente comum, acentuada, aqui e ali, pelo aparecimento de indivíduos incomuns, que se haviam distinguido de algum modo e que estiveram ligados à evolução da religião em Urântia.






(1345.1) 122:1.2 Maria, a mãe terrena de Jesus, era descendente de uma longa linhagem de ancestrais singulares, que abrangia várias das mulheres mais notáveis na história das raças de Urântia. Embora Maria fosse uma mulher comum, dos seus dias e geração, dona de um temperamento bastante corriqueiro, ela contava entre os seus antepassados com mulheres bem conhecidas como Anon, Tamar, Rute, Betsabá, Ansie, Cloa, Eva, Enta e Ratta. Nenhuma mulher judia, daquela época, era de linhagem mais ilustre de progenitores e nenhuma remontava a origens mais auspiciosas. A uniformidade na linha dos ancestrais de Maria, e a de José, caracterizada pela predominância de indivíduos fortes mas comuns, era quebrada aqui e ali por várias personalidades que se destacavam na marcha da civilização e da evolução progressiva da religião. Do ponto de vista racial, não seria próprio considerar Maria como judia. Na cultura e na crença ela era judia, mas, pelos dons hereditários, era mais uma composição de sangue sírio, hitita, fenício, grego e egípcio, de modo que a sua herança racial era mais genérica do que a de José.






(1345.2) 122:1.3 De todos os casais que viviam na Palestina por volta da época da auto- outorga projetada de Michael, José e Maria possuíam a combinação ideal de parentescos raciais abertos e de dons de personalidade acima do normal. Era plano de Michael aparecer na Terra como um homem comum, de modo tal que a gente comum o entendesse e o recebesse; e por isso é que Gabriel havia selecionado pessoas como José e Maria para tornarem-se os progenitores nessa auto-outorga.










2. Gabriel Aparece para Isabel






(1345.3) 122:2.1 O trabalho da vida de Jesus em Urântia, na verdade, foi iniciado por João Batista. Zacarias, o pai de João, era um sacerdote judeu, enquanto a sua mãe, Isabel, era membro do ramo mais próspero do mesmo grande grupo familiar ao qual também pertencia Maria, a mãe de Jesus. Zacarias e Isabel, embora estivessem casados há muitos anos, não tinham filhos.






(1345.4) 122:2.2 Era já o final do mês de junho, do ano 8 a.C., cerca de três meses após o casamento de José e Maria, quando Gabriel, certo dia, apareceu para Isabel, ao meio-dia, tal como mais tarde se apresentaria perante Maria. E Gabriel disse a ela:






(1345.5) 122:2.3 “O teu marido, Zacarias, está diante do altar em Jerusalém, enquanto o povo reunido ora pela chegada do libertador, e eu, Gabriel, vim para anunciar que tu irás dentro em pouco conceber um filho que será o precursor do seu divino mestre; e chamarás de João ao teu filho. Ele crescerá dedicado ao senhor seu Deus e, quando atingir a maturidade, ele alegrará ao teu coração, porque conduzirá muitas almas para Deus, e também irá proclamar a vinda do curador de almas do vosso povo e o libertador do espírito de toda a humanidade. A tua prima Maria será a mãe desse menino prometido e eu também aparecerei diante dela”.






(1345.6) 122:2.4 Essa visão amedrontou grandemente a Isabel. Depois da partida de Gabriel ela repassou a experiência, revirando-a na sua mente, ponderando longamente sobre as palavras do majestoso visitante, mas não falou da revelação a ninguém, exceto ao seu marido, até que posteriormente afinal visitasse Maria, em princípios de fevereiro do ano seguinte.






(1345.7) 122:2.5 Durante cinco meses, contudo, Isabel guardou aquele seu segredo até mesmo do marido. E quando contou a ele sobre a visita de Gabriel, Zacarias permaneceu cético e durante semanas duvidou de toda a experiência; só consentindo em acreditar na visita de Gabriel à sua esposa, e sem maior entusiasmo, quando não mais podia duvidar de que ela esperava uma criança. Zacarias ficou muito perplexo com a maternidade próxima de Isabel, mas não duvidou da integridade da sua esposa, apesar da idade avançada dele. E, apenas seis semanas antes do nascimento de João, é que Zacarias, em conseqüência de um sonho impressionante, tornou-se plenamente convencido de que Isabel estava para tornar-se a mãe de um filho do destino, aquele que iria preparar o caminho para a vinda do Messias.






(1346.1) 122:2.6 Gabriel apareceu para Maria por volta de meados de novembro, do ano 8 a.C., no momento em que ela estava trabalhando na sua casa em Nazaré. Mais tarde, após haver sabido que era certo que estava para ser mãe, Maria persuadiu José a deixá-la viajar à cidade de Judá, a sete quilômetros a oeste de Jerusalém, nas montanhas, para visitar Isabel. Gabriel tinha informado a cada uma dessas duas futuras mães sobre a sua aparição à outra. Naturalmente ficaram ansiosas para encontrarem-se, para compartilhar as experiências, e para falar sobre o futuro provável dos seus filhos. Maria permaneceu com a sua prima distante por três semanas. Isabel fez muito para fortalecer em Maria a fé na visão de Gabriel, de modo que esta voltou para a sua casa mais plenamente dedicada ao chamado de ser mãe do menino predestinado, a quem ela, muito em breve, iria apresentar ao mundo como um bebê indefeso, uma criança comum e normal deste reino.






(1346.2) 122:2.7 João nasceu na cidade de Judá, aos 25 de março, do ano 7 a.C. Zacarias e Isabel rejubilaram-se grandemente com o fato de que um filho tivesse vindo para eles como Gabriel havia prometido; e, ao oitavo dia, quando apresentaram a criança para a circuncisão, eles o batizaram formalmente como João, exatamente como se lhes havia sido ordenado. E logo um sobrinho de Zacarias partiu para Nazaré, levando até Maria a mensagem de Isabel que proclamava o nascimento de um filho cujo nome seria João.






(1346.3) 122:2.8 Desde a mais tenra infância os pais inculcaram em João a idéia de que ele cresceria e tornar-se-ia um líder espiritual e um mestre religioso. E, no coração de João, o solo sempre foi sensível a essas sementes sugestivas. Ainda quando criança o encontravam freqüentemente no templo durante os ofícios do serviço do seu pai; e João ficava imensamente impressionado com o significado de tudo o que via.










3. O Anúncio de Gabriel Feito a Maria






(1346.4) 122:3.1 Uma tarde, por volta do cair do sol, antes que José tivesse retornado ao lar, Gabriel apareceu a Maria, ao lado de uma mesa baixa de pedra, e após ela haver- se recomposto, ele disse: “Venho a pedido daquele que é o meu Mestre, a quem tu irás amar e nutrir. A ti, Maria, trago alegres novas e anuncio que a concepção em ti foi ordenada pelo céu e que, no tempo devido, tu te tornarás a mãe de um filho; tu o chamarás Joshua; e ele irá inaugurar o Reino do céu na Terra entre os homens. Nada digas disso a ninguém, exceto a José e Isabel, a tua parente, para quem também eu apareci e que deve também agora conceber um filho cujo nome será João e será ele quem preparará o caminho para a mensagem de libertação que o teu filho irá proclamar aos homens com uma grande força e uma convicção profunda. E não duvides tu de minha palavra, Maria, pois este lar foi escolhido como a residência mortal do menino predestinado. A minha bênção recai sobre ti e os poderes dos Altíssimos irão fortalecer-te; e o Senhor de toda a Terra acobertar-te-á na Sua sombra”.






(1346.5) 122:3.2 Maria ponderou sobre essa visitação, secretamente, no seu coração, durante várias semanas, antes de ousar abrir-se com o marido a respeito desses acontecimentos inusitados, até que estivesse certa de que carregava em si uma criança. Ao escutar sobre tudo isso, ainda que grande fosse a sua confiança em Maria, José ficou muito perturbado e não pôde dormir por várias noites. A princípio José tinha dúvida sobre a visita de Gabriel. Depois, quando estava quase se persuadindo de que Maria tinha realmente ouvido a voz e visto a forma do mensageiro divino, José torturava-se ao pensar sobre como poderiam ser essas coisas. Como a progênie de seres humanos, poderia ser um filho com destino divino? E José não podia nunca reconciliar essas idéias conflitantes até que, depois de várias semanas de muito pensar, ambos, ele e Maria, chegaram à conclusão de que tinham sido escolhidos para tornarem-se os pais do Messias; ainda que o conceito judeu não fosse, nem um pouco, o de que o libertador aguardado deveria ter a natureza divina. Ao chegarem a essa importante conclusão, Maria apressou-se a partir para uma visita a Isabel.






(1347.1) 122:3.3 Quando retornou, Maria foi visitar os seus pais, Joaquim e Ana. Seus dois irmãos, as duas irmãs, bem como seus pais sempre foram muito céticos sobre a missão divina de Jesus, embora até esse momento, evidentemente, nada ainda soubessem da visitação de Gabriel. Mas Maria confidenciou à sua irmã Salomé que achava que o seu filho estava destinado a tornar-se um grande mestre.






(1347.2) 122:3.4 O anúncio que Gabriel fez a Maria aconteceu no dia seguinte à concepção de Jesus e foi o único evento de ocorrência sobrenatural ligado a toda a experiência de Maria de conceber e trazer dentro de si o menino da promessa.










4. O Sonho de José






(1347.3) 122:4.1 José não se conformou com a idéia de que Maria estivesse para tornar-se mãe de uma criança extraordinária, até que teve a experiência de um sonho de forte impressão. Nesse sonho um mensageiro celestial brilhante apareceu a ele e, entre outras coisas, disse: “José, apareço sob o comando Daquele que agora reina nas alturas; e tenho o mandado de instruí-lo a respeito do filho que Maria irá gerar e que se tornará uma grande luz para o mundo. Nele estará a vida; e a sua vida tornar-se-á a luz da humanidade. Ele virá primeiro para o seu próprio povo, todavia poucos destes o receberão; mas, a quantos o receberem, será revelado que são os filhos de Deus”. Depois dessa experiência José deixou totalmente de duvidar da história de Maria sobre a visita de Gabriel e sobre a promessa de que a criança que estava para nascer tornar-se-ia um mensageiro divino para o mundo.






(1347.4) 122:4.2 Em todas essas visitações nada foi dito sobre a casa de Davi. Nada jamais deixou transparecer que Jesus tornar-se-ia o “libertador dos judeus”, nem mesmo que seria o Messias há muito esperado. Jesus não era um Messias tal como os judeus haviam antecipado, mas era o libertador do mundo. A sua missão não se dirigia apenas a um povo, era para todas as raças e povos.






(1347.5) 122:4.3 José não tinha a linhagem do Rei Davi. Maria tinha mais ancestrais na linha de Davi do que José. Bem verdade é que José havia ido a Belém, cidade de Davi, para ser registrado no censo romano, mas isso aconteceu porque seis gerações antes, o ancestral de José, naquela geração, sendo um órfão, tinha sido adotado por um certo Zadoc, que era descendente direto de Davi; e por isso José podia ser também contado como sendo da “casa de Davi”.






(1347.6) 122:4.4 A maioria das chamadas profecias messiânicas, no Antigo Testamento, puderam ser aplicadas a Jesus, e sobretudo muito tempo depois que a sua vida na Terra havia já sido vivida. Durante séculos, os profetas hebreus haviam proclamado a vinda de um libertador; e essas promessas tinham sido elaboradas por gerações sucessivas e referiam-se a um governante judeu que iria sentar-se no trono de Davi e que, por meio dos métodos miraculosos de Moisés, estabeleceria os judeus na Palestina como uma nação poderosa, livre do domínio estrangeiro. Novamente, muitas das passagens figurativas encontradas nas escrituras dos hebreus foram posteriormente aplicadas de modo distorcido à missão da vida de Jesus. Muitos dos dizeres do Antigo Testamento foram deformados de modo a parecerem adequar-se a algum episódio da vida do Mestre na Terra. Jesus certa vez negou publicamente, ele próprio, qualquer ligação com a casa real de Davi. Até mesmo aquela passagem: “uma jovem dará à luz um filho”, foi levada a ser lida como sendo: “uma virgem dará à luz um filho”. Isso também é verdade sobre muitas das genealogias feitas, tanto de José quanto de Maria, as quais foram elaboradas depois da carreira de Michael na Terra. Muitas dessas linhagens contêm bastante da linha ancestral do Mestre, mas no todo elas não são genuínas e nem confiáveis como sendo verdadeiras. Os primeiros seguidores de Jesus freqüentemente sucumbiam à tentação de fazer com que todas as velhas expressões proféticas parecessem encontrar a sua realização na vida do seu Senhor e Mestre.










5. Os Pais Terrenos de Jesus






(1348.1) 122:5.1 José era um homem de maneiras suaves, extremamente consciente e, de todos os modos, fiel às convenções e práticas religiosas do seu povo. Falava pouco, mas pensava muito. A condição sofrida do povo judeu causava muita tristeza em José. Na sua juventude, entre os seus oito irmãos e irmãs, ele havia sido mais alegre, mas nos primeiros anos da sua vida de casado (durante a infância de Jesus) esteve sujeito a períodos de um desencorajamento espiritual leve. Essas manifestações do seu temperamento foram bastante atenuadas, um pouco antes da sua morte prematura, depois que a situação econômica da sua família melhorou, em conseqüência do seu progresso, quando passou, de carpinteiro, à posição de um próspero empreiteiro.






(1348.2) 122:5.2 O temperamento de Maria era completamente oposto ao do marido. Geralmente era alegre, muito raramente ficava abatida e possuía uma disposição sempre ensolarada. Maria permitia-se dar livre e freqüente vazão à expressão dos seus sentimentos e emoções e nunca se sentira afligida, até a súbita morte de José. E mal se recuperara desse choque quando teve de enfrentar as ansiedades e perplexidades que se lançaram sobre ela, por causa da carreira extraordinária do seu filho mais velho, que se desenrolou muito rapidamente diante do seu olhar atônito. Mas, durante toda essa experiência inusitada, Maria manteve-se calma, corajosa e bastante sábia no seu relacionamento com o seu estranho e pouco compreendido primogênito e com os irmãos e irmãs ainda vivos dele.






(1348.3) 122:5.3 Muito da doçura especial de Jesus e da sua compreensão compassiva da natureza humana, ele herdara do seu pai; o dom de ser um grande mestre e a sua imensa capacidade de indignar-se, por retidão, ele herdara da sua mãe. Nas reações emocionais ao meio ambiente, na sua vida de adulto, Jesus era também como o seu pai: meditativo e adorador; o que algumas vezes deixava transparecer tristeza, mas, mais freqüentemente, ele conduzia-se de maneira otimista e com a disposição determinada da sua mãe. No conjunto, a tendência era de que o temperamento de Maria dominasse a carreira do filho divino, durante o seu crescimento e nos passos decisivos da sua carreira adulta. Jesus era uma mistura dos traços dos seus pais, em algumas das suas atitudes; em outras ele demonstrava mais as características de um deles do que as do outro.






(1348.4) 122:5.4 De José, Jesus tinha a educação estrita nos usos dos cerimoniais judeus e o conhecimento excepcional das escrituras dos hebreus; de Maria, ele trazia um ponto de vista mais amplo da vida religiosa e um conceito mais liberal da liberdade espiritual pessoal.






(1349.1) 122:5.5 As famílias de ambos, José e Maria, eram bem instruídas para a sua época. José e Maria haviam sido educados muito acima da média da sua época, considerando a sua situação social. Ele, um homem de muito pensar e ela, uma mulher planejadora, dotada de adaptabilidade e prática na execução imediata das coisas. José era moreno, de olhos negros; e Maria era do tipo quase louro, de olhos castanhos.






(1349.2) 122:5.6 Tivesse José vivido mais e ter-se-ia tornado, indubitavelmente, um crente firme na missão do seu filho mais velho. Maria alternava-se, ora acreditando, ora duvidando, sendo grandemente influenciada pela posição tomada pelos seus outros filhos e pela dos seus amigos e parentes, mas sempre era fortalecida, na sua atitude final, pela memória da aparição de Gabriel imediatamente depois que a criança fora concebida.






(1349.3) 122:5.7 Maria era uma hábil tecelã e possuía uma habilidade acima da média na maioria das artes caseiras da época; era uma boa dona-de-casa e muito caprichosa no forno. Tanto José quanto Maria eram bons educadores e cuidaram para que os seus filhos se tornassem bem versados nos ensinamentos da época.






(1349.4) 122:5.8 Quando ainda rapaz, José tinha sido empregado do pai de Maria no trabalho de construir uma extensão da sua casa; e, quando Maria trouxe a José um copo de água, durante a refeição do meio-dia, foi que realmente aqueles dois, destinados a ser os pais de Jesus, começaram a fazer a corte um ao outro.






(1349.5) 122:5.9 José e Maria casaram-se de acordo com os costumes judeus, na casa de Maria, nas proximidades de Nazaré, quando José tinha vinte e um anos de idade. Esse casamento concluiu um noivado normal que durou quase dois anos. Pouco depois se mudaram para a casa em Nazaré, que havia sido construída por José com a ajuda de dois dos seus irmãos. A casa situava-se ao pé de uma elevação que dominava, de modo encantador, a paisagem do campo. Nessa casa, especialmente preparada, esses jovens pais, na expectativa de dar as boas-vindas ao menino prometido, não sabiam que aquele evento, memorável para todo um universo, estava para acontecer enquanto eles estivessem fora de casa, em Belém, na Judéia.






(1349.6) 122:5.10 A parte maior da família de José converteu-se aos ensinamentos de Jesus, mas pouquíssimos entre os da gente de Maria acreditaram nele, antes que ele deixasse este mundo. José inclinava-se mais para o conceito espiritual de um Messias esperado, mas Maria e a sua família, especialmente o seu pai, ativeram-se à idéia de que o Messias seria um libertador temporal e um governante político. Os ancestrais de Maria haviam-se identificado manifestamente com as atividades dos Macabeus ainda recentes naqueles tempos.






(1349.7) 122:5.11 José apegava-se vigorosamente ao ponto de vista oriental, ou Babilônico, da religião judaica; Maria inclinava-se fortemente para a interpretação ocidental, ou helenista, mais liberal e aberta, da lei e dos profetas.










6. O Lar em Nazaré






(1349.8) 122:6.1 A casa de Jesus não ficava longe do alto da colina, na parte norte de Nazaré, a uma certa distância da nascente de água da cidade que era na parte leste. A família de Jesus morava nos arredores da cidade e isso facilitou, posteriormente, as caminhadas dele ao campo e as subidas à montanha próxima, a mais alta de todas, na parte sul da Galiléia, exceto pela cadeia do monte Tabor, a leste, e o monte Naim, que tinham aproximadamente a mesma altitude. Esta casa localizava-se um pouco ao sul e a leste da parte sul do promontório desse monte e a meio caminho entre a base dessa elevação e a estrada que vai de Nazaré a Caná. Além de subir o monte, o passeio favorito de Jesus era seguir uma trilha estreita que serpenteava desde a base da montanha, indo na direção nordeste, até um ponto onde se juntava à estrada de Séforis.






(1350.1) 122:6.2 A casa de José e Maria tinha a estrutura de pedra e um cômodo com um teto plano e uma construção adjacente para abrigar os animais. A mobília consistia de uma mesa baixa de pedra, utensílios de barro, pratos e potes de pedra, um tear, uma lamparina, vários bancos pequenos e esteiras para dormir sobre o chão de pedra. No quintal ao fundo, perto do anexo dos animais, ficava o abrigo que protegia o forno e o moinho para moer os grãos. Eram necessárias duas pessoas para operar esse tipo de moinho, uma para provê-lo de grãos e outra para moer. Quando ainda menino, Jesus muitas vezes cuidava de dosar os grãos no moinho, enquanto a sua mãe girava o moedor.






(1350.2) 122:6.3 Mais tarde, quando a família cresceu, todos se agrupavam em volta da mesa de pedra, que foi aumentada, para desfrutarem das refeições, servindo-se do alimento em um prato comum, ou potiche. Durante o inverno, na refeição noturna, a mesa estaria iluminada por uma lâmpada pequena e achatada de terracota, cheia de óleo de oliva. Após o nascimento de Marta, José construiu uma outra acomodação, um quarto grande, usado como carpintaria durante o dia e como quarto de dormir à noite.










7. A Viagem a Belém






(1350.3) 122:7.1 No mês de março do ano 8 a.C. (mês em que José e Maria casaram-se), César Augustus decretou que todos os habitantes do império romano fossem contados; que deveria ser feito um censo de modo a poder ser utilizado para uma cobrança mais eficiente dos impostos. Os judeus sempre tiveram muita prevenção contra qualquer tentativa de “enumerar o povo” e isso, além das dificuldades domésticas com Herodes, rei da Judéia, havia conspirado para causar o adiamento, por um ano, na concretização desse censo, no reino dos judeus. Em todo o império romano esse censo ficou registrado no ano 8 a.C., exceto no reino de Herodes, na Palestina, onde foi feito um ano mais tarde, no ano 7 a.C.






(1350.4) 122:7.2 Não se fazia necessário que Maria fosse a Belém fazer esse registro — José estava autorizado a efetuar o registro por toda a sua família — , mas Maria, sendo uma pessoa dinâmica e ousada, insistiu em acompanhá-lo. Ela temia que, sendo deixada sozinha, a criança nascesse enquanto José estava ausente e, Belém não sendo longe da cidade de Judá, Maria previu a possibilidade de uma agradável visita à sua parenta Isabel.






(1350.5) 122:7.3 José praticamente proibiu Maria de acompanhá-lo, mas foi inútil; quando a comida estava sendo empacotada para a viagem de três ou quatro dias, ela preparou rações duplas e aprontou-se para a viagem. E, antes que saíssem de fato, José já se havia acostumado com a idéia de Maria ir junto e então, alegremente, eles partiram de Nazaré ao alvorecer do dia.






(1350.6) 122:7.4 José e Maria eram pobres e, como tivessem apenas um burro de carga, Maria cavalgava o animal, estando já adiantada na gravidez, junto com as provisões, enquanto José caminhava guiando o animal. A construção e a manutenção de uma casa havia sido um grande peso para José, pois ele devia também contribuir para a sobrevivência dos seus pais, já que o seu pai recentemente tinha-se tornado incapacitado para tal. E assim o casal judeu partiu da sua humilde casa, na manhã de 18 de agosto, do ano 7 a.C., para a sua viagem a Belém.






(1351.1) 122:7.5 No seu primeiro dia de viagem eles contornaram os contrafortes ao sopé do monte Gilboa, onde passaram a noite, acampados à margem do Jordão. Ali, eles perguntaram a si próprios, profundamente, sobre a natureza do filho que nasceria deles; José aderindo ao conceito de um mestre espiritual e Maria sustentando a idéia de um Messias judeu, um libertador da nação hebraica.






(1351.2) 122:7.6 Cedo, na brilhante manhã de 19 de agosto, José e Maria estavam de novo a caminho. Tomaram a sua refeição do meio-dia junto ao pé do monte Sartaba, que domina o vale do Jordão, e continuaram viagem chegando a Jericó à noite, onde pararam em uma hospedaria na estrada nos arredores da aldeia. Depois da refeição da noite e de muita discussão sobre a opressão do governo romano, sobre Herodes, sobre os registros do recenseamento e a influência relativa de Jerusalém e Alexandria como centros da cultura e ensino judeus, os viajantes de Nazaré retiraram-se para o repouso noturno. Bem cedo, pela manhã do dia 20 de agosto, retomaram a sua viagem e alcançaram Jerusalém antes do meio-dia. Visitaram o templo e tomaram, de novo, o seu caminho para chegar a Belém bem no meio da tarde.






(1351.3) 122:7.7 O albergue estava superlotado e José, então, procurou um alojamento entre os parentes distantes, mas todos os quartos em Belém encontravam-se repletos. Ao retornarem à praça na frente do albergue, José foi informado de que os animais dos estábulos das caravanas, construídos nos flancos do rochedo e situados exatamente abaixo do albergue, haviam sido retirados e que tudo estava limpo exatamente para receber os hóspedes. Deixando o asno na área à frente do albergue, José colocou os sacos de roupas e provisões sobre os seus ombros e desceu, com Maria, os degraus de pedra, até os alojamentos de baixo. Viram-se instalados naquilo que era uma sala de estocagem de grãos, na frente dos estábulos e das manjedouras. Cortinas de tendas haviam sido dependuradas e eles se deram por muito felizes de terem alojamentos tão confortáveis.






(1351.4) 122:7.8 José havia pensado em registrar-los logo em seguida, mas Maria achava-se cansada, bastante extenuada mesmo, e suplicou-lhe que permanecesse com ela e ele ficou ali.










8. O Nascimento de Jesus






(1351.5) 122:8.1 Durante toda essa noite Maria estivera inquieta, de forma que nenhum dos dois dormiu muito. Ao amanhecer, as pontadas do parto já estavam bem evidentes e, no dia 21 de agosto do ano 7 a.C., ao meio-dia, com a ajuda e as ministrações carinhosas de mulheres viajantes amigas, Maria deu à luz um pequeno varão. Jesus de Nazaré havia nascido para o mundo; encontrava-se enrolado nas roupas que Maria tinha trazido consigo, para essa contingência possível, e deitado em uma manjedoura próxima.






(1351.6) 122:8.2 Da mesma forma que todos os bebês tinham vindo ao mundo até então e viriam desde então, nasceu o menino prometido e, ao oitavo dia, conforme a prática judaica, foi circuncidado e formalmente denominado Joshua (Jesus).






(1351.7) 122:8.3 No dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o seu registro. Encontrando- se então com um homem com quem haviam conversado duas noites atrás, em Jericó, foi levado por ele até um amigo abastado que possuía um quarto na pousada e este homem se dispôs, com prazer, a trocar de quartos com o casal de Nazaré. Naquela tarde eles se mudaram para a pousada, onde ficaram por quase três semanas, até que encontraram hospedagem na casa de um parente distante de José.






(1351.8) 122:8.4 Ao segundo dia após o nascimento de Jesus, Maria enviou uma mensagem a Isabel dizendo que o seu filho havia chegado e recebeu em resposta um convite feito a José, para ir a Jerusalém, a fim de falar de todos os assuntos com Zacarias. Na semana seguinte, José foi a Jerusalém para conversar com Zacarias. Zacarias e Isabel achavam-se ambos sinceramente convencidos de que Jesus estava destinado a se tornar o libertador judeu, o Messias; e que João, o filho deles, seria o seu principal colaborador, o braço direito no seu destino. E, já que Maria compartilhava dessas mesmas idéias, não foi difícil convencer José a permanecer em Belém, a cidade de Davi, para que Jesus pudesse crescer e se tornar o sucessor de Davi no trono de todo o Israel. Desse modo, permaneceram eles em Belém por mais de um ano, tendo José se dedicado ao seu ofício de carpinteiro durante esse tempo.






(1352.1) 122:8.5 No dia do nascimento de Jesus, ao meio-dia, os serafins de Urântia, reunidos com os seus diretores, cantaram hinos de glória sobre a manjedoura de Belém, mas esses cânticos de glória não foram escutados por ouvidos humanos. Nenhum pastor, nem quaisquer outras criaturas mortais vieram prestar a sua homenagem ao menino de Belém, até o dia da chegada de certos sacerdotes de Ur, que haviam sido enviados de Jerusalém por Zacarias.






(1352.2) 122:8.6 A esses sacerdotes da Mesopotâmia havia sido contado, há algum tempo, por um estranho professor religioso, do país deles, o qual em um sonho havia sido informado de que a “luz da vida” estava a ponto de aparecer sobre a Terra, na forma de um menino, entre os judeus. E os três sacerdotes partiram, pois, em busca dessa “luz da vida”. Após muitas semanas de infrutífera procura em Jerusalém, estavam para voltar a Ur, quando conheceram Zacarias que lhes confiou sobre a sua crença de que Jesus era o objeto da procura deles e os enviou a Belém, onde encontraram o menino e deixaram as suas oferendas com Maria, a sua mãe terrena. A criança estava então com quase três semanas de idade à época da visita deles.






(1352.3) 122:8.7 Esses sábios homens não tiveram nenhuma estrela a guiá-los para Belém. A belíssima lenda da estrela de Belém originou-se da seguinte forma: Jesus nasceu aos 21 de agosto, ao meio-dia do ano 7 a.C. Em 29 de maio do mesmo ano houve uma extraordinária conjunção entre Júpiter, Saturno e a constelação de Peixes. E é um acontecimento astronômico marcante que conjunções semelhantes hajam ocorrido aos 29 de setembro e aos 5 de dezembro do mesmo ano. Com base nesses acontecimentos extraordinários, mas inteiramente naturais, os bem- intencionados zelotes, das gerações que sucederam, elaboraram a lenda atraente da estrela de Belém e dos Reis Magos adoradores, conduzidos pela estrela, até a manjedoura, para contemplar e adorar o recém-nascido. As mentes orientais e do Oriente-Próximo deleitam-se com fábulas e inventam constantemente belos mitos sobre a vida dos seus dirigentes religiosos e dos seus heróis políticos. Na falta de uma imprensa, quando a maior parte do conhecimento humano se transmitia, de uma geração a outra pela palavra saída da boca, era muito fácil que os mitos se tornassem tradição e que as tradições finalmente acabassem aceitas como fatos.










9. A Apresentação no Templo






(1352.4) 122:9.1 Moisés havia ensinado aos judeus que todos os filhos primogênitos pertenciam ao Senhor e que, em lugar do seu sacrifício, como era costume entre as nações pagãs, esse filho poderia viver desde que os seus pais o redimissem com o pagamento de cinco moedas a qualquer sacerdote autorizado. Também existia uma regulamentação mosaica que dizia que uma mãe, após um certo período de tempo, devia apresentar-se ao templo, para a purificação (ou ter alguém que fizesse o sacrifício adequado em lugar dela). Era costumeiro que tais cerimônias ocorressem ambas ao mesmo tempo. Assim sendo, José e Maria foram ao templo de Jerusalém, pessoalmente, para apresentar Jesus aos sacerdotes e efetivar a sua redenção e também fazer o sacrifício apropriado para assegurar a Maria a purificação cerimonial da suposta impureza do dar à luz.






(1353.1) 122:9.2 Nas cortes do templo estavam freqüentemente presentes duas figuras dignas de nota, Simeão, um cantor, e Anna, uma poetisa. Simeão era da Judéia e Anna, da Galiléia. Esses dois estavam quase sempre juntos e ambos eram íntimos do sacerdote Zacarias, que havia confiado o segredo de João e Jesus a eles. E, tanto Simeão quanto Anna, ansiavam pela vinda do Messias e a sua convicção em Zacarias levara-os a acreditar que Jesus fosse o libertador esperado do povo judeu.






(1353.2) 122:9.3 Zacarias sabia o dia esperado para José e Maria aparecerem no templo com Jesus; e acertou com Simeão e Anna, antecipadamente, que indicaria, com a saudação da sua mão levantada, qual, na procissão das crianças recém-nascidas, era Jesus.






(1353.3) 122:9.4 Para essa ocasião Anna havia escrito um poema que Simeão passou a cantar, para surpresa de José, de Maria e de todos os que estavam reunidos nos pátios do templo. E o hino deles, para a redenção do filho primogênito, foi assim:






(1353.4) 122:9.5 Abençoado seja o Senhor, Deus de Israel,


(1352.5) 122:9.6 Que nos visitou e trouxe a redenção ao seu povo;


(1353.6) 122:9.7 A trombeta da salvação, Ele fez soar por todos nós


(1353.7) 122:9.8 Na casa do seu servo Davi.


(1353.8) 122:9.9 Assim como falou da boca dos seus sagrados profetas


(1353.9) 122:9.10 -Salvação dos nossos inimigos e da mão de todos aqueles que nos odeiam;


(1353.10) 122:9.11 Para mostrar misericórdia para com os nossos pais, na lembrança da Sua santa aliança — ,


(1353.11) 122:9.12 O juramento que fez a Abraão, nosso pai,


(1353.12) 122:9.13 De conceder-nos que nós, sendo libertados da mão dos nossos inimigos,


(1353.13) 122:9.14 Pudéssemos servir a ele sem temores,


(1353.14) 122:9.15 Em santidade e retidão perante ele, por todos os nossos dias.


(1353.15) 122:9.16 E que tu, assim, menino prometido, sejas chamado de Profeta do Altíssimo;


(1353.16) 122:9.17 Porque irás, diante do semblante do Senhor, estabelecer o Seu Reino;


(1353.17) 122:9.18 Dar conhecimento da salvação a Seu povo


(1353.18) 122:9.19 Em remissão dos seus pecados.


(1353.19) 122:9.20 Regozijemos com a doce misericórdia do nosso Deus, porque veio nos visitar a aurora do alto


(1353.20) 122:9.21 Para resplandecer sobre aqueles que estão nas trevas e na sombra da morte;


(1353.21) 122:9.22 Para guiar os nossos pés nos caminhos da paz.


(1353.22) 122:9.23 E, pois, deixemos agora o Vosso servo partir em paz, Ó Senhor, conforme a Vossa palavra,


(1353.23) 122:9.24 Pois os meus olhos viram já a Vossa salvação,


(1353.24) 122:9.25 Que por Vós foi preparada diante da vista de todos os povos;


(1353.25) 122:9.26 Luz que resplandece para esclarecimento mesmo até dos gentios


(1353.26) 122:9.27 E para glória do nosso povo de Israel.






(1353.27) 122:9.28 De volta a Belém, José e Maria permaneceram em silêncio — confusos e intimidados. Maria encontrava-se bastante perturbada pelas palavras de despedida de Anna, a poetisa anciã, e José não se sentia bem em harmonia com aquele esforço prematuro de fazer de Jesus o Messias prometido do povo judeu.










10. Herodes Age






(1353.28) 122:10.1 Os informantes de Herodes, todavia, não permaneceram inertes. Quando reportaram a ele sobre a visita dos sacerdotes de Ur a Belém, Herodes convocou esses caldeus a aparecerem diante de si. E, insistente, ele inquiriu a esses homens sábios sobre o novo “rei dos judeus”, mas eles deram-lhe pouca satisfação, explicando apenas que o menino nascera de uma mulher que viera a Belém com o seu marido para comparecer ao censo. Herodes, não satisfeito com essa resposta, despediu-os, dando-lhes uma bolsa de dinheiro; e mandou-lhes que encontrassem a criança para que também ele pudesse ir lá e adorá-la, já que eles haviam declarado que o Reino dela devia ser espiritual, não temporal. Todavia, ao perceber que os sábios não voltariam, Herodes encheu-se de suspeitas. E, enquanto ele pensava nisso, os seus informantes voltaram e lhe fizeram um relato completo das ocorrências recentes no templo, trazendo-lhe uma cópia de partes da canção de Simeão, que havia sido cantada nas cerimônias de redenção de Jesus. No entanto, eles não seguiram José e Maria; e Herodes ficou irado com eles, quando viu que não podiam dizer para onde o casal tinha levado a criança. Então, despachou espiões para localizar José e Maria. Sabendo que Herodes perseguia a família de Nazaré, Zacarias e Isabel permaneceram longe de Belém. O menino ficou escondido com uns parentes de José.






(1354.1) 122:10.2 José temia procurar trabalho; e as suas poucas economias estavam desaparecendo rapidamente. Mesmo na época das cerimônias de purificação no templo, José considerava-se pobre o suficiente para limitar a dois pequenos pombos a sua oferta para Maria, como Moisés havia determinado, para a purificação das mães, entre os pobres.






(1354.2) 122:10.3 Quando, após mais de um ano de buscas, os espiões de Herodes não haviam achado Jesus; e em vista da suspeita de que a criança ainda estava escondida em Belém, Herodes preparou uma ordem comandando fosse feita uma busca sistemática em todas as casas de Belém, e que todos os bebês meninos de menos de dois anos fossem mortos. Desse modo Herodes esperava assegurar-se de que tal criança, que haveria de tornar-se o “rei dos judeus”, fosse destruída. E assim pereceram, em um só dia, dezesseis bebês meninos em Belém da Judéia. A intriga e o assassinato, mesmo na família imediata de Herodes, assim, eram acontecimentos corriqueiros na sua corte.






(1354.3) 122:10.4 O massacre desses infantes aconteceu em meados de outubro, do ano 6 a.C., quando Jesus tinha pouco mais de um de ano idade. Mas havia crentes no Messias vindouro, até mesmo no séquito da corte de Herodes, e um desses, sabendo da ordem de assassinar os meninos de Belém, comunicou-se com Zacarias, e este por sua vez despachou um mensageiro até José; e, na noite anterior ao massacre, José e Maria partiram com a criança, de Belém para Alexandria, no Egito. Para evitar atrair a atenção, eles viajaram sozinhos com Jesus, para o Egito. Foram para Alexandria com o dinheiro providenciado por Zacarias, e lá José trabalhou no seu ramo, enquanto Maria e Jesus alojaram-se com parentes abastados da família de José. Eles permaneceram em Alexandria por dois anos inteiros, não retornando a Belém senão depois da morte de Herodes.

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