quarta-feira, 14 de julho de 2010

EXÚ CAVEIRA

O que sei sobre o Seu Caveira, em grande parte, foi o que ele mesmo me falou, não muito pois ele acredita na decodificação da Quimbanda, e sim na fé. Exu Caveira foi nomeado por Oxalá, quando da criação da vida humana na Terra, para cuidar do desencarne. Da mesma forma que todo espírito, inclusive o seu e o meu, é uma incriado, sempre existiu; entretanto sua consciência é mais antiga que a da maioria dos espíritos habitantes desta esfera, anterior a criação da Terra. Seo Caveira habitava as Águas Ancestrais, das quais Zambi e Oxalá criaram tudo que vemos e parte do que não vemos.


Para um melhor entendimento faço uma analogia: Seo Caveira é como um carrasco na Terra e um policial de alta patente no plano astral. Um Exu lavrador do campo da escuridão, da esquerda; responsável por ceifar a vida terrena, do indivíduo, no momento certo. Mas não tenham medo, isso porque ele também cuida da vida; ninguém faz hora extra na Terra mas o desencarne prematuro existe. Exu entra aí, cuidando de seus protegidos para que não façam uso indevido de seu livre arbítrio de forma a abreviar sua existência.


Exu Caveira é desdobramento do Sr. Omulú que assume a forma de Exu Caveira para trabalhar ativamente na Quimbanda. Seu Caveira disse certa vez que encarnou na Terra pela 1ª vez há pouco mais de 30.000 anos: "Quando encarnei pela primeira vez na Terra, há mais de 30.000 anos, estava tudo desolado e tive que me alimentar de um óleo que brotava do chão para sobreviver", disse ele explicando porque costuma beber azeite de dendê puro. Em suas passagens terrenas sofreu as mesmas provações que os seres humanos comuns, para aprender e alcançar um maior grau de evolução. Apesar de gostar das coisas boas aqui da Terra nunca foi muito endinheirado ou teve posições de grande destaque na sociedade, optou sempre por levar uma vida simples. Teve encanações como: caçador, pagé, bruxo, adivinho, mago, profeta, sacerdote, padre inquisidor, xamã, eremita, monge, senhor de engenho, navegador e jesuíta, entre outras.


A falange do Sr. Caveira é formada basicamente pelos Exus: Tata Caveira, João Caveira, José Caveira, Exu Caveirinha, Meia-noite, Pemba, Brasa, Carangola, Pagão, Arranca Toco, Pomba Gira Rainha do Cemitério, Maria Quitéria, Maria da Gargalhada... Observando o respeito mostrado por outros Exus ao Seu Caveira, durante a Gira, chamando-o de 'chefe' podemos constatar que sua falange principal é composta por um total de 49 Exus, sendo que por sua vez e pela ordem, cada um destes têm mais 7 Exus a seu serviço, e assim por diante, formando uma grande legião.


Um fato curioso que vem sendo amplamente divulgado pelos próprios Caveiras é que uma vez encarnaram todos juntos, na mesma geração no antigo Egito. Os Caveiras fizeram parte de uma mesma seita aonde Seu Tata era o sacerdote. Por praticarem o monoteísmo foram todos condenados a serem queimados vivos. Ao que parece a encarnação, desencarne e reencarnação destes espíritos, partindo da idade das cavernas, passando por esta no antigo Egito, por outras e finalmente ao Brasil colonial. Nesta última encarnaram como senhores de engenho, fazendeiros, barões e feitores de escravos; o que me convence na crença de terem que, por Lei, obedecer aos Pretos e Pretas para dentro do trabalhar no Terreiro, para conclusão do Karma sem necessidade de nova encarnação.
Exu Caveira, juntamente com Seu Tata Caveira, são responsáveis diretos pela administração do vício como objeto de pena cármica. O vício é usado como ferramenta de trabalho por Exu no dever de fazer cumprir o Karma, ou como provação. Entretanto o livre arbítrio nos da o poder da decisão, podemos escolher formas mais brandas de cumprir nosso Karma e de cuidar de nossa evolução; para isso podemos contar com a proteção de Exu contra estes perigos e armadilhas nas quais Ele é mestre. A falange dos Caveira mexe profundamente com o nosso conjunto dos processos psíquicos conscientes e inconscientes. Em parte esta influência se manifesta devido ao grande medo da morte e do desconhecido que trazemos incutido em nosso ser enquanto encarnados.
Os Terreiros tradicionais, da mesma linha de trabalho que os do início do século passado, tem grande receio em invocar esta entidade e só o fazem no final da Gira, para limpeza espiritual ou quando a coisa fica pesada, preta mesmo. Quando ocorrem fatores desconhecidos que fogem muitas vezes ao controle, que eles não compreendem ou mesmo não sabem lidar chamam Exu. Já ouvi e li testemunhos nos quais dizem que este poderoso e maravilhoso Exu é louco, intrigueiro e irresponsável, carapuça que ao meu ver deve servir mais aos que lhe designam estes pobres substantivos abstratos.
Exu Caveira e sua falange tem em especial poder em favorecer qualquer espécie de especulação, ensinando todas as táticas e artimanhas da guerra, tendo em vista a vitória sobre os inimigos, é encarregado de vigiar a entrada dos cemitérios ou qualquer lugar aonde hajam pessoas enterradas. Seu poder é tal que muitas vezes incutem medo nos que o invocam. Não existe trabalho ou despacho a ser realizado em um cemitério sem a presença de Exu Caveira. Devemos mesmo ter muito cuidado ao tentar manipular estas energias, pois em caso de erro, e errar é humano, os prejudicados seremos nós mesmos. A paga é custosa, dolorosa mesmo, para os que usam o nome de Exu Caveira de forma vexatória ou caluniosa, fatal para os que o invocam em nome da maldade pura e simples.
Seu Caveira apresenta-se na maioria das vezes como uma caveira grande, de altura respeitável, vestido de preto e trazendo na mão alguma arma, sendo mais comuns: foice, tridente, espada, gládio, elmo e escudo. A arma escolhida por ele varia de acordo com a ocasião, afinal para cada trabalho existe uma ferramenta. Ele pode aparecer com a o crânio coberto, mostrando a caveira, ou não, pode-se identificá-lo facilmente pelas 'mãos', são grandes garras de caveira. Sua cor é o preto mas não raro usa também velas, ponteiros e pemba vermelha e branca. Quando usa só pemba preta ou risca um caixão em seu ponto geralmente está trabalhando com magia negra, desfazendo. Quando usa 9 velas pretas está trabalhando no Vodu. É sincretizado com a divindade pagã Sergulath, e sua falange, pela ordem: Próculo, Haristum, Brulefer, Pentagnony, Aglassis, Sidragosam, Minoson e Bucon. Do sincretismo com a divindade pagã é que vem a estatueta 'demoníaca' de Exu Caveira encontrada em terreiros e casas de artigos religiosos. Ele até pode assumir aquela forma, caso queira, para trabalhar nas esferas abissais ou no limbo (inferno), afinal lá cara de bonzinho não entra.


É cada vez mais raro ver Exu Caveira incorporado fora de Terreiros que saravem às 7 Linhas da Umbanda e 7 Linhas da Quimbanda de forma equilibrada, dentro da Lei. Seo Caveira tem dedicado-se muito a pratica da caridade nas tendas onde o espírito manifesta-se para praticar o bem. Porém, mesmo que mais raramente, ele continua fazendo-se presente em cultos como: Santeria, Vodu, as Macumbas, Candomblé, Molokô e Batuques, cultos aonde preserva sempre aparelhos disponíveis para incorporação caso seja invocado ou precise estar. Devemos estar atentos para o fato de existirem espíritos mal intencionados que tentam passar-se por Exu Caveira; estes zombeteiros usam seu nome na presença dos incautos prometendo cometer barbaridades em troca de alguns patacos e oferendas. É! no plano espiritual também existem vigaristas, estes por sua vez procuram seus semelhantes na Terra... Exu Caveira está sempre presente para colocar estes charlatões em seus devidos lugares.


Tenha certeza, Seu Caveira é um Exu bastante antigo, amigo e companheiro, capaz de realizar verdadeiros milagres. Quando é de nosso merecimento é mais que irmão; é só cuidar pra, digamos assim: 'não sair da linha'. Seo Caveira pode se tornar um verdadeiro tormento na vida e também na morte dos que com ele não souberem tratar. Nunca podemos esquecer que ele é o carrasco que nos visitará no segundo fatal. Saravá o poderoso Exu Caveira, "Rei das Catacumbas do Inferno", sempre merecedor de grande respeito por parte daqueles que o invocam. Laroiê Exu! Ato-tô! Emogibá!




Imagem de Exu Caveira










'Salve o Morro do Calvário,






Salve o povo inteiro,


Salve Exu Caveira;


Que vem neste Terreiro,


Salve filho de fé,


Salve Calunga inteira,


Salve Exu Caveira,


Que vem trabalhar!


Emogibá!'


(Ponto transmitido mediunicamente pela entidade)


















Espero poder ter contribuído com este texto que redigi baseado em fatos reais, vividos através da experiência que tenho com este maravilhoso Exu e seu reino. Saravá meu Pai de Santo que inspirou a criação desta página.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

POR QUE EXISTE TANTAS DISPUTAS DOS TERREIROS???

POR QUE EXISTE TANTAS DISPUTAS DOS TERREIROS???

Hoje em dia com as coisas mais evoluidas com menos proibições ainda existe uma falta de ética religiosa de alguns dirigentes de terreiros,vejo muitos pais de santo se degladiando,se defamando,algumas vezes o motivo maior são os filhos de santo que ficam de galho em galho fazendo a desarmonia entre sacerdotes e as vezes as consequênçias vão longe demais,acabam sujando o seu nome e o da religião,não conheço terreiro q não aconteça isso,um filho acaba denegrindo a casa que pertenceu e acaba desiquilibrando e quebrando a harmônia da casa e no final das contas sai como bonzinho pedindo desculpas por td que causou,como se desculpas fosse apagar todos danos sofridos.....
Outra causa de atritos de terreiros é a inveja,a sua casa não pode prosperar que causa reações absurdas em outros pais de santo,surgem fofocas,disse e não disse,calúnias,até desiquilibrar a casa do pai de santo.Tem pais de santo que chegam a sua casa cruzam os braços e serram os dentes,não se mechem pra nada,só agem com o mal pensamento como um bicho acoado,como se existisse diante de seus olhos um inimigo,eles ficam com ìra por que são incapazes de melhorar,mas quando algo começa a dá errado começa as rizadas,a alegria toma conta da pessoa,isso é muito comum aqui nos terreiros de Fortaleza.E pais de santo q quando ver outro começa a soltar pontos de sotaque,pontos de demanda,começa o tiroteio de ingnorânçia para todos os lados não sabe ele que está demostrando o quanto é inseguro dentro da sua própria casa,pois temos um exú pra defender a nossa casa de tds males carnais e espirituais,não precisa fazer um papel ridiculo desse.mas isso também aconteçe frequentimente.
Rezam a oração do Pai nosso,mas não compreendem aquela frase q diz "perdoai as nossas ofenças assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido" se vc não cumpre o q esta prometento por que rezae???e p quê???Se canta e pede a paz no salão,pra q planta a discórdia??? Poderiamos tds estarmos de mal dadas,seria a religião mais forte do mundo,mas cuidado!!! não conte seu segredo para um amigo,por que ele também tem um amigo e vai contar p ele e assim por diante.....é triste mas constato isso diariamente dentro da religião.Use a mediunidade q Deus lhe deu,que é um dom p ajudar o proximo e não como uma arma para fazer ou causar mal a um irmão, é uma pratica religiosa e muitas pessoas confiam em vc,vc é um orientador deveria pregar a paz,a únião e o amor,esse é o nosso dever .Por que um dia tds nós vamos sequir nosso caminho espiritual como espiritos....seremos espiritos falsos,traiçoeiros???qual será a nossa escala na espiritualidade,pensem nisso,,,, vc vai embora e ficará o seu légado,o seu nome e como vc gostaria de ser lembrado(a)???

Pai José d Ogun 20/05

MEDIUNIDADE
Todos nós somos mediuns!Você sabia???Uns com mais sensibilidade e outros c menos,mais cada um tem uma intuição,existe muitos tipos de mediunidade,as vezes vc é um medium de ouvir,ou ver,ou apenas sentir e tem aqueles q manifestam as energias q captam,as vezes dentro de um terreiro que tem uma grande corrente de mediuns tem alguns mais sensiveis q conseguem perceber o q outros até com muitos anos de experiênçia não conseque sentir....por isso nuca menosprez e um irmão por vc achar q ele tem humildade,humildade não é fraqueza,pelo contrário é força,o medium é capaz de sentir vibrações de um abiente tanto positivas como negativas e na maioria das vezes a negativa é mais forte,em uma corrente q muitos se preparam,tomam seus banhos antes de entrar no terreiro,existe outros de matéria suja q o medium limpo acaba sugando a energia negativa dele,por isso q temos q nos quardar bem antes de entrar numa gira,colocar nossa ronda e sempre nos descarregar,pois a energias negativas vão se aproximar de quem tem energia positiva,os opostos se atraeem,tenha sempre em casa um banho de descarrego(do pescoço p baixo) e um de limpeza(da cabeça aos pés) para quando chegar ou terminar sua sessão tomar,pq as pessoas saem limpas e descarregas e vc fica c os pesos,precisa sempre dessa limpeza p não ficar cheio de cargas negativas,por isso somos chamados de aparelhos por termos condições de recepcionar energias,nossos quias quando chegam procuaram nos limpar espiritualmente,mas no decorrer da gira sugamos as energias contrárias das pessoas q alí estão para serem tratadas,curadas,ajudadas e etc..... Temos q ter a conciênçia disso.....de sempre após uma gira fazer a nossa limpeza pessoal,asé
Pai José d Ogun 21/5

REGREDIR......

Por que é importante voltar atrás???Para tentarmos corrigir algum erro,alguma falha,as vezes uma desculpa sincera basta,quaando reamente não tivemos a intenção de errar,mas nunca deixe algo mal resolvido,procure por onde passar espalhar o bem,fazer amizades,pôs encontrará portas sempre abertas,pois sempre vamos precisar um do outro.Rancor,mágoa,raiva,só faz mal a nós mesmos,não alimente esse sentimento,não deixe em nenhum momento o desanimo entrar na sua vida,nem a indecisão,isso lhe enfraqueçe,abre caminho para outras energias negativas,aprenda q td que você recebe parte de você mesmo,o pensameento é a maior força que o ser humano possue,,ele atravessa tds camadas,td cosmo,td espaço,mas volta p vc,por isso é tão importante ter fé,pedir coisas boas para sí e para os outros,já é um passo para sua evolução.Não dê ouvidos a pessoas que querem o seu mal,elas por si próprias se destruirão,não deixe que elas tomem atitude por vc,q lhe forcem a praticar o mal,são seres enviados para atrapalhar a sua vida,se afaste,não perda seu precioso tempo tentando resolver o karma dessa pessoa,é pesado demais.... só ela própria poderá um dia mudar,enquanto isso vai ficar sendo arma para o mal,então nunca entre em duélo c essas pessoas pois vem de um astral inferior,reze por ela,peça a Deus e aos Orixas que iluminem essa alma,vc tem a força de doutrinar,essa é a hora.Sabe quando vc se tornará um grande mestre???será no dia q vc consequir transformar um inimigo em um grande amigo,asé
Por Pai José d Ogun 25/05

As casas de asé
Vejo por ai muitas coisas belas dentro da nossa religião,como pessoas humildes q não deixam nunca de fazer suas oferendas,cumprir suas obrigações,as vezes pessoas simples sem luxo,mas o terreiro divinamente lindo,enfeitado,com muita comida,muita bebida,só Deus e os orisás sabem o q aqueles filhos passaraam para fazer aquela obrigação e isso é mt contagiante,nós sentimos o asé ,o amor para com os quias,são peessoas q realmmente estão dentro da religião pela religião,pela fé. as vezes um terreiro fino(rs rs) só oferenda a comida do orisá e para as convidados uma comida de baixa qualidade para sobrar dinheiro das contribuições para manter seu égo paticular,mas existe muitas casas boas,de muito asé graças a Deus e aos orisás....
POR PAI JOSÉ D OGUN 04/06

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti
Publicado por Voluntario em 20/7/2006 (2116 leituras)
Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, e desencarnado no Rio de Janeiro, a 11 de abril de 1900.

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, no ano de 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde em dez meses apenas, preparou- se suficientemente até onde dava o saber do mestre que lhe dirigia a primeira fase de educação.

Bem cedo revelou sua fulgurante inteligência, pois, aos onze anos de idade, iniciava o curso de Humanidades e, aos treze anos, conhecia tão bem o latim que ministrava, a seus companheiros, aulas dessa matéria, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.

Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente- coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de criação.

Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos, que o procuravam para explorar- lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna.

Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida.

Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.

O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou tornar- se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.

Animado do firme propósito de orientar-se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.

Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia.

Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro".

Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes.

A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento".

O parecer foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1º de junho.

Em 1858 candidatou- se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião-Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião- Tenente.

Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador, Haddock Lobo, sob a alegação de ser médico militar.

Objetivando servir o seu Partido, que necessitava dele a fim de obter maioria na Câmara, resolveu Bezerra de Menezes afastar-se do Exército.

Em 1867 foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado em lista tríplice para uma cadeira no Senado.

Quando político, levantou-se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios.

Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu-se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía.

Corria sempre ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa.

Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro.

Depois, empenhou-se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá-la até o Rio Doce.

Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel.

Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão. Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880.

Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880. O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos".

Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória.

O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde.

Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas.

Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito.

Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".

No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia a sala de honra da Guarda Velha, na rua da Guarda Velha, atual Avenida 13 de Maio, no Rio de Janeiro, para ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico, do eminente cidadão, do eminente católico, Dr. Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida conversão ao Espiritismo.

Bezerra era um religioso no mais elevado sentido.

Sua pena, por isso, desde o primeiro artigo assinado, em janeiro de 1887, foi posta a serviço do aspecto religioso do Espiritismo.

Demonstrada a sua capacidade literária no terreno filosófico e religioso, quer pelas réplicas, quer pelos estudos doutrinários, a Comissão de Propaganda da União Espírita do Brasil, incumbiu-o de escrever, aos domingos, no "O Paiz" tradicional órgão da imprensa brasileira, a série de "Estudos Filosóficos", sob o título "O Espiritismo".

O Senador Quintino Bocaiúva, diretor daquele jornal de grande penetração e circulação, "o mais lido do Brasil", tornou-se mesmo simpatizante da Doutrina Espírita.

Os artigos de Max, pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espírita no Brasil. De novembro de 1886 a dezembro de 1893, escreveu ininterruptamente, ardentemente.

Da bibliografia de Bezerra de Menezes, antes e após a sua conversão do Espiritismo, constam os seguintes trabalhos: "A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui- la sem dano para a Nação", "Breves considerações sobre as secas do Norte", "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro - o Leproso", "História de um Sonho", "Evangelho do Futuro".

Escreveu ainda várias biografias de homens célebres, como o Visconde do Uruguai, o Visconde de Carvalas, etc.

Foi um dos redatores de "A Reforma", órgão liberal da Corte, e redator do jornal "Sentinela da Liberdade". Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta.

O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro - esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura.

Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida."

Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro e os que dirigiam os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais bem estruturada e que, por isso mesmo, se tornasse mais indestrutível.

Os Centros, onde se ministrava a Doutrina, trabalhavam de forma autônoma.

Cada um deles exercia a sua atividade em um determinado setor, sem conhecimento das atividades dos demais.

Esse sentimento levou-os à fundação da Federação Espírita Brasileira.

Nessa época já existiam muitas sociedades espíritas, porém, as únicas que mantinham a hegemonia de mando eram quatro: a "Acadêmica", a "Fraternidade", a "União Espírita do Brasil" e a "Federação Espírita Brasileira", entretanto, logo surgiram entre elas vivas discórdias.

Sob os auspícios de Bezerra de Menezes, e acatando prescrições das importantes "Instruções" recebidas do plano espiritual pelo médium Frederico Júnior, foi fundado o famoso "Centro Espírita", o que, entretanto, não impediu que Bezerra desse a sua colaboração a todas as outras instituições.

O entusiasmo dos espíritas logo se arrefeceu, e o velho seareiro se viu desamparado dos seus companheiros, chegando a ser o único freqüentador do Centro.

A cisão era profunda entre os chamados "místicos" e "científicos", ou seja, espíritas que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso, e os que o aceitavam simplesmente pelo lado científico e filosófico.

Em 1893, a convulsão provocada no Brasil pela Revolta da Armada, ocasionou o fechamento de todas as sociedades espíritas ou não. No Natal do mesmo ano Bezerra encerrou a série de "Estudos Filosóficos" que vinha publicando no "O Paiz".

Em 1894, o ambiente mostrou tendências para melhora e o nome de Bezerra de Menezes foi lembrado como o único capaz de unificar o movimento espírita.

O infatigável batalhador, com 63 anos de idade, assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira, cargo que ocupou até a sua desencarnação. Iniciava- se o ano de 1900, e Bezerra de Menezes foi acometido de violento ataque de congestão cerebral, que o prostrou no leito, de onde não mais se levantaria. Verdadeira romaria de visitantes acorria à sua casa.

Ora o rico, ora o pobre, ora o opulento, ora o que nada possuía. Ninguém desconhecia a luta tremenda em que se debatia a família do grande apóstolo do Espiritismo.

Todos conheciam suas dificuldades financeiras, mas ninguém teria a coragem de oferecer fosse o que fosse, de forma direta. Por isso, os visitantes depositavam suas espórtulas, delicadamente, debaixo do seu travesseiro. No dia seguinte, a pessoa que lhe foi mudar as fronhas, surpreendeu- se por ver ali desde o tostão do pobre até a nota de duzentos mil reis do abastado!...

Ocorrida a sua desencarnação, verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar-lhe a última visita.

No dia 17 de abril, promovido por Leopoldo Cirne, reuniram- se alguns amigos de Bezerra, a fim de chegarem a um acordo sobre a melhor maneira de amparar a sua família, tendo então sido formada uma comissão que funcionou sob a presidência de Quintino Bocaiúva, senador da República, para se promover espetáculos e concertos, em benefício da família daquele que mereceu o cognome de "Kardec Brasileiro".

-- o0o --

Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina.

Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.

Desesperado - uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida - e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus. Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática.

Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.

O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou-lhe então a quantia de cinqüenta mil réis.

Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu-se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade.

Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu. No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira.

Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou-se a seguinte conversação:

- Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.

- O trabalhador da vinha, disse Bittencourt Sampaio, é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.

- De acordo.

Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata.

Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando-me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão. - E por que não te tornas médico homeopata? disse Bittencourt.

- Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.

Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte:

- Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.

- Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?

- Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt.

Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo-te, quando precisares, novos discípulos de Matemática... 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

La Crítica y Nosotros


La Crítica y Nosotros

Delante de la tarea que se te reserva, en el levantamiento del bien común, es justo respetar lo que los demás dicen, en el campo de la crítica; entretanto, es forzoso no paralizar el servicio ni tampoco perjudicarlo en virtud de aquello que los demás puedan decir.
Guardar la conciencia tranquila y seguir adelante.
Escapan de la crítica exclusivamente las obras que nunca se salen de los planes, a manera de la música que no atrae la atención de nadie, cuando no se retira de la pauta.
Vivir la propia tarea es realizarla; y realizarla es sufrirla en sí mismo.
Censores y adversarios, espectadores y simpatizantes pueden efectivamente auxiliar y auxilian siempre, indicándonos los puntos vulnerables y aspectos imprevistos de la construcción bajo nuestra responsabilidad, a través de las opiniones que emiten; no obstante, es preciso no olvidar que se encuentran vinculados a compromisos de otra especie.
Encargo que nos pertenezca respira con nosotros y se nos erige en el camino en alegría, aflicción, apoyo y vida. Nos toca a nosotros conducirlo, ejecutarlo, perfeccionarlo, y revivirlo.
Muchos quieren que seamos de ese modo; que nos comportemos de aquella manera; que asumamos directrices distintas de aquellas en que persistimos, o que veamos la senda por los ojos que los sirven; sin embargo, es imperioso considerar que cada uno de nosotros es un mundo en sí, con movimientos particulares y órbitas diferentes.
Sustentémonos fieles a nuestro trabajo y rindamos culto a la paz de conciencia, atendiendo a los deberes que las circunstancias nos confieren, y, ofreciendo, lo mejor de nosotros mismos, en provecho del prójimo, estemos tranquilos, porque, tanto nosotros como los demás, somos los que somos con la obligación de mejorarnos, a fin de que cada uno pueda servir siempre más, en la edificación de la felicidad de todos, con aquello que es y con aquello que tiene.

Emmanuel.
"Coraje", Francisco Cándido Xavier.

SIMPLESMENTE UMBANDA!!!

Assunto: SIMPLESMENTE UMBANDA!!!

"Sou a fuga para alguns, a coragem para outros. Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas. Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos. Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Caboclos. Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pombo-Gira e o doce da Criança. Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana, a seriedade do Tranca-Rua. Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de Cambinda; a traquinada de Mariazinha e Doum e a sabedoria de Urubatão. Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz. Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores. Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti. Sou de Deus. Quem eu sou?
SOU SIMPLESMENTE UMBANDA!!
Que o Pai Oxalá com sua infinita Sabedoria proteja nossos caminhos para que  possamos cumprir nosso compromisso  praticando sempre a CARIDADE...
Uma boa semana!!!
SARAVÁ!!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

LAS DIFERENCIAS ENTRE LAS NACIONES DE N'Gola-CONGO / BANTUES

Publicado por Bara Exú Guerreiro el febrero 16, 2010 a las 7:00pm


En primer lugar, me gustaría tratar de aclarar las diferencias entre las naciones de N'Gola / Congo -- Bantú y Nago / Ketu-pueblo nigeriano.

N'Gola (Angola) es un país de origen bantú-, que llegaron a Brasil en torno a 1560, traída de África y Sur Ecuatorial en su mayoría procedían de N'Gola (Angola), Congo, Costa del Golfo de Guinea y de Mozambique. Hablaban el mismo idioma, aunque trajeron con ellos muchos dialectos, unos 270, que representan 2 / 3 del continente africano, llamado Continente Negro. Los dialectos principales son el kikongo y quimbundú, que siguen siendo muy utilizados en el lenguaje religioso en las casas de N'Gola-CONGO en Brasil.

Los bantú, trajeron sus deidades (Mahamba)(MINKISI del plural), que no tiene nada que ver con el Nago Orisha (Ketu), sólo el hecho de que son todas deidades, energías de la naturaleza derivados del continente africano. El negro Nago-Ketu, llegó a Brasil, un siglo y medio más tarde, cuando los negros bantúes, ya habían
sido desafricanizados por sus amos Catolicos. Los Negros nagôs-Ketu, procedentes principalmente de Benin, Nigeria, trajeron con ellos sus costumbres, su religión, su lengua, sus Orishas, y su idioma Yoruba. Por haber llegado a Brasil después de los bantúes y habiendose debilitado el culto de MUNKISI debido a los católicos blancos, el culto NAGO, Ketu, se hizo más divulgado que el culto los bantú, N'Gola-Congo. También está el hecho de que los bantúes, a través de sus juramentos religiosos no pueden transmitir sus conocimientos, sólo a aquellos que ya fueran iniciados en su Nacion y tienen el tiempo para recibir las enseñanzas, la que sigue siendo observado con gran precisión.

Ahora, cuando veo, escucho o leo algún artículo en que el padre o la madre de santo, tal y cual, dice o ser angoleiro u angoleira y habla con una sabiduría que supuestamente "equivocada", que su Exú, su Orisha, los Yaos, los Ogans de la casa, los tambores y que es BABALORIXÁ o YALORIXÁ, me siento consternado. Dentro de N'Gola CONGO, no hay EXU (ORISHA NAGO) pero si Pambu N'GILA (Señor de carreteras),no tenemos Orisha, tenemos N'kisi, no hay YAO, tenemos Muzenza (iniciado), no hay Ogans, tenemos N'SIKA NI N'Goma (tocador de tambor) y KIVONDA (sacrificador), no tenemos Atabaque pero si N'Goma (tambor), tenemos TATA, mamá, y TAT'ETO o MAM'ETO N'Ganga (Sacerdote) y no BABALORIXÁ/YALORIXÁ y quiénes son los sacerdotes de la nación-Nago Ketu.

También veo supuestos Angoleiras y angoleiros, por ejemplo jogar a través de Búzios IFA y ODU, de nuevo un error. Para la nación Bantu no tenemos Búzios , pero si N'Gombe-N'ZIMBO, no tenemos IFA, pero si N'KUKUA-Lunga (Dios de la adivinación bantú) y no tenemos ODU, que pertenece a la raíz Nago-Ketu.

Además, no veo cómo una casa (n'zo) de culto afro, se pueden hablar dos o más idiomas, o cultuar más de una nación en el mismo templo.

Porque yo he visto a los que dicen "En mi casa tocamos Angola y Ketu”. No me puedo imaginar cómo es esto posible.

Por eso queridos hermanos de Cultura e iniciación Angola-Congo o Nago-Ketu, y Tat'etos Mam'etos, Babalorixás y Yalorixás, debemos estar alerta sobre nuestras culturas y costumbres (raíces), para que podamos tomar nuestra bandera en la forma y la plenitud más pura y exacta como sea posible.

La gente de la cultura y la raíz bantú debe recordar siempre que N'Zambi-AMPUNGO es nuestro Dios.

La Umbanda, tuvo su inicio en 1908 en Brasil, en Río de Janeiro,
a través del mediun Zélio Fernandino de Moraes, en un centro espiritual Kardecista.

Veo en Umbanda, en esencia, un culto formidable, si se practica en la forma pura como nació. Digo esto porque no entiendo por qué algunos Jefes de Terreiros de Umbanda, mezclan en sus trabajos espírituales, los Orishas Nago y sus instrumentos de trabajo.
Porque al ser un culto verdaderamente Brasilero, habla el idioma Yoruba y usa sus deidades (Orishas) en un culto sobre la base de entidades y espíritus.

Umbanda tiene su propio poder, con sus guías y entidades, que se manifiesta en sus mediums para la práctica de la caridad, a través de pases y oraciones o rezas. No hay como confundir o mezclar Orisha - deidad africana en la forma de energía natural, que no tuvo vida aca en la tierra y que solo se manifiesta en la cabeza del iniciado en una Nación Africana-, con entidades como Caboclos, Prethos Velhos, bahianos y otros que han vivido encarnados aquí en la Tierra.

Son espíritus, y no divindades. Son grandes entidades espirituales que hacen de Umbanda un culto de fuerza, caridad y humildad, que abarca a todas las personas sin distinción ni prejuicios. Por eso, amigos, jefes de Terreiros, piensen en lo que escribo y vean si hay lógica en mis palabras.

Porqué hasta hoy, sigue existiendo el sincretismo de decir
que San Sebastián es Oxóssi o que Santa Bárbara es IANSA. En una era moderna continuan imágenes de santos católicos para asociar a los Orixa Nago.

¿Por qué usar atabaque?, un instrumento de la nación afro, si la Umbanda tiene puntos y oraciones o rezas de tal fuerza que pueden ser cantados y ser rezados con el batir de las manos (palmas).

Jefes de Terreiros, procuren valorizar las maravillas que a ustedes fueron dadas con el amor y la fuerza de los guías y las entidades, por la misericordia del Divino Maestro Jesus.

TAT’ETU KIRETAUÃ N’GOLA MOXI IA CONGO-BATE FOLHA
CULTO A N’KISI ( BANTU )

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