Os conhecimentos cosmogônicos e astronômicos desse povo, que hoje ultrapassam pouco mais de 200 mil indivíduos, não se limitam, contudo, a meras observações visuais do céu.
Eles sempre souberam da função do oxigênio do corpo e da circulação do sangue, coisas que a ciência ocidental só descobriu em tempos modernos. Conheceram também os mistérios das principais estrelas do céu e das luas do Sistema Solar sem nunca terem manipulado telescópios.
De onde teriam adquirido tantos conhecimentos superiores?
Teriam-nos recebido dos Povos dos Céus? Ou de alguma civilização avançadíssima do passado?
ÁFRICA - Na República do Mali, região do antigo Sudão francês, África Ocidental, a 200 quilômetros ao sul da cidade de Timbuktu, um abismo de 300 metros de profundidade formado pelas escarpas Bandiagara é a porta de entrada para a terra do povo Dogon. Esse antigo e pacífico povo ali se radicou por volta do século 13 e permaneceu isolado até as primeiras décadas do século 20, mantendo intacta e praticamente inalterada sua rica e fantástica cultura. A aridez do meio ambiente - 40 centímetros de chuvas anuais nos meses de abril e maio e temperaturas de até 60 graus centígrados -, castigado por estar situado justamente na passagem do Saara para as savanas do sul, obrigou-os a construírem engenhosas casas de pedra e barro de forma cônica, cobertas de folhas que ajudam a amenizar o calor escaldante, e pequenos celeiros onde armazenam a escassa produção que o solo pouco generoso fornece: algumas espigas de um tipo especial de milho, de grãos pequenos, cebolas, amendoim, algodão e fumo.
Às mulheres cabe a tarefa de buscar água, encontrada somente em poços na base dos penhascos, e carregá-las para cima em potes de barro que, vazios, chegam a pesar 20 quilos.
Em compensação, elas granjearam o direito de preparar cerveja a partir do milho e vender o excedente na feira semanal da aldeia, que acontece de 5 em 5 dias. O que arrecadam é usado para comprar os tecidos coloridos com que confeccionavam suas roupas. Vaidosas, elas serram os dentes, que se tornam pontiagudos, e traçam incisões no corpo.
GRIAULE - No fim da estação da seca, as chuvas caem quase que de uma só vez. O cenário muda então completamente: do alto dos penhascos surgem quedas d'água, formando rios na planície. É o tempo de plantio. Em poucas semanas, o que era um deserto se transforma em um paraíso verdejante. Em 1931, o antropólogo francês Marcel Griaule visitou a tribo dos Dogon, construída basicamente por camponeses, artistas e feiticeiros, e ficou ao mesmo tempo confuso e fascinado com sua mitologia altamente complexa e intricada. Em 1946, Griaule retornou em companhia da etnóloga Germanie Dieterlen. Ambos publicaram os resultados dos seus 4 anos de pesquisas de campo na obra Un système soudanais de Sírius (Paris, 1951).
Nesse trabalho, frisaram que os Dogon, mesmo desprovidos de recursos ópticos, tais como o telescópio, tinham pleno conhecimento da natureza dupla da estrela binária Sírius. "Jamais se fez e nunca se decidiu a respeito da pergunta: de onde esse povo, que nenhum instrumento possui, poderia conhecer a órbita e os atributos específicos dos astros, praticamente invisíveis?"
DADOS ANTIGOS - Em 1976, foi lançada em Londres uma obra que acabaria inevitavelmente sendo apropriada pelos defensores da teoria dos "deuses astronautas", mormente, Erich von Däniken (veja o livro Provas de Däniken: deuses, espaçonaves e Terra). The Syrius Mistery, do lingüista norte-americano especialista em sânscrito da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA), e membro da Royal Astronomical Society, Robert K. G. Temple, expunha e analisava mitos que falavam dos habitantes de um planeta que orbita ao redor da estrela Sírius, os quais teriam aterrissado na Terra em eras remotas, inaugurando a civilização. Segundo Temple, os dados dos Dogon, que descenderiam cultural e biologicamente dos egípcios, remontariam há 5 mil anos e fariam parte do cabedal egípcio dos tempos pré-dinásticos.
Ao desenhar diagramas da órbita de Sírius B, com base em dados tirados dos mitos Dogon e seguindo as mais recentes pesquisas astronômicas, Temple constatou que "A semelhança é tamanha e surpreendente, a ponto de até o leigo mais inexperiente reconhecer à primeira vista a perfeita identidade das duas apresentações, até nos menores detalhes. (...) O fato ficou demonstrado e ei-lo: a tribo Dogon possui noções gerais dos princípios mais incríveis e sutis de Sírius B e, em sua órbita, de Sírius A. Portanto, revela-se aí absoluta paridade do saber atual em relação com as noções encerradas em mitos antiqüíssimos!"
RAÍZES LONGÍNQUAS - A doutrina secreta dessa tribo informa que o nosso mundo terrestre surgiu da Constelação de Sírius B. Propriamente não de Sírius B, mas de uma estrela pequena e branca, situada próxima dela, possivelmente Sírius A. Suas lendas e tradições transmitem essa informação de geração em geração há milhares de anos e, durante todo esse tempo, vêm realizando rituais para a estrela que os criou. Os sábios Dogon dizem que essa estrela dupla é ao mesmo tempo a menos e a mais pesada do cosmos. Os astrônomos calculam que realmente a sua massa é 36 mil vezes mais pesada que o Sol e 50 mil vezes mais densa do que a da água. Seu diâmetro é de 39 mil quilômetros, mas ela contém a mesma quantidade de matéria de uma estrela normal com um diâmetro de cerca de 1,3 milhão de quilômetros. Uma caixa de fósforos cheia de matéria de Sírius B pesaria no mínimo uma tonelada. Os Dogon crêem que a terra ali consiste em algo chamado por eles de Sagolu, que significa terra podre e metálica.
CIÊNCIA CONFIRMA - Ocorre que essa estrela só foi descoberta pela ciência no século 19, e uma foto dela foi possível só em 1970. Sírius B pertence à categoria das anãs - implodidas -, descoberta em 1862, não através de observações diretas, mas por meio de cálculos matemáticos. Por estar quase acoplada à sua irmã gigante Sírius A, uma das estrelas mais visíveis a olho nu, a imagem de Sírius B confunde-se com ela, e só recentemente foi possível distinguir que havia duas estrelas no lugar de uma. Sírius B é mil vezes menos luminosa do que a Sírius A e totalmente invisível a olho nu. Ela só pode ser vista por meio de um telescópio de 320 milímetros, já que se encontra a apenas 11 segundos-luz de Sírius A.
PROFUNDOS CONHECEDORES - Sem nunca terem valido de instrumentos ópticos, os Dogon sabiam da existência de quatro luas em Júpiter. Na verdade, Júpiter possui dezenas de outras - são conhecidas dezessete até o momento -, mas as maiores e as principais são realmente quatro: Io, Calixto, Ganimedes e Europa. Além disso, sabiam também que Saturno é rodeado por um anel e que os outros planetas giram ao redor do Sol, e afirmavam que os mundos ao redor das estrelas que se movimentam em forma espiral (como a Via-Láctea) são universos habitados.
Os conhecimentos desse povo, que hoje ultrapassam pouco mais de 200 mil indivíduos, não se limitam, contudo, a astronomia. Eles sempre souberam da função do oxigênio do corpo e da circulação do sangue, coisas que a ciência ocidental só descobriu em tempos modernos. Os dogon diziam que o movimento das estrelas podia ser comparado ao fluxo do sangue no organismo, denotando que estavam cientes da circulação sanguínea, fenômeno descoberto apenas no começo do século 17 por William Harvey. Eles reconheciam ainda a função do oxigênio nesse processo, cientes de que o sangue no corpo corre pelos órgãos que se encontram no ventre.
A CRIAÇÃO - Os Dogon acreditam que de Sírius A, flutuando em um "ovo dourado", veio Amma, que criou a Terra. Mais tarde, Amma mandou os Nommo para o nosso mundo. Nommo (os "Mestres") eram seres anfíbios, capazes de se movimentar tanto na terra como na água. Eles teriam chegado a bordo de um veículo cuja descrição lembra a de uma espaçonave.
A maioria das sociedades tradicionais africanas, entre elas, a dos Dogon, encara o mundo como um todo integrado em que se relacionam aspectos sociais com o tempo e o espaço. A vida social na sua totalidade insere-se numa constante busca de equilíbrio entre um sistema de forças que se expressam desde os tempos primordiais.
O QUE DIZ SAMAEL SOBRE OS MISTÉRIOS DE SÍRIUS
Em certa ocasião, estando eu, SAMAEL AUN WEOR, na estrela de Sírius, vi acolá umas árvores penetradas cada uma delas por damas de uma beleza inefável e comovedora. Aquelas damas me chamaram para que me acercasse a elas; eram damas elementais encarnadas naqueles arbustos. Sua voz melodiosa era música de Paraíso: conferenciei com elas e logo me afastei admirado de tanta beleza.
Aquele planeta tem dilatados mares, e os habitantes desta estrela jamais mataram nem a um passarinho. Sua organização social seria magnífica para nosso globo terráqueo; se acabariam todos os problemas econômicos do mundo, e reinaria a felicidade sobre a face da terra.
Os sirianos são pequenos de estatura e têm todos seus sentidos internos perfeitamente desenvolvidos; vestem simplesmente com túnicas humildes e usam sandálias de metal. Todo siriano vive em uma pequena casa de madeira, e não há casa que não tenha uma pequena horta onde o dono de casa cultiva os seus alimentos vegetais. Também possui o dono um pequeno jardim donde cultiva suas flores. Ali não vivem capitalistas nem tampouco existem cidades nem sem-terra; portanto, as gentes de Sírius não conhecem nem a fome nem a desgraça.
No jardim do grande templo do Deus Sírio existem uns roseirais desconhecidos em nossa terra, cada rosa desse jardim é de vários metros de tamanho, e exala um perfume impossível de esquecer. A magia das rosas é algo divino e inefável.
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