Quando minha escolha é consciente, nenhuma repercussão me assusta. Quando não é, qualquer comentário me balança. — José Eustáquio, companheiro de estrada do pai da “Pedagogia do Oprimido”
Hoje acordei com esse estalo na cabeça: Se possuímos mesmo o livre-arbítrio, porque dizer que algo é certo ou errado? Acordar cedo pode ser certo para você e não para mim. Ingerir chás quentes após as refeições pode ser certo para mim e não para você. Seguir uma religião pode ser certo para você e não para mim. Ora, se existem inúmeras possibilidades de certo e errado baseadas na crença pessoal de cada um, não há maneira de tentar me enquadrar dentro dos padrões de uma sociedade com milhões de pessoas.
VOCÊ ESCOLHE O QUE É CERTO OU ERRADO
Desta maneira, eu posso concluir que cada um escolhe o que lhe parece certo e o que lhe parece errado, porém a falha do sistema de crenças em que vivemos, é que julgamos as certezas alheias como sendo certas ou erradas e, a partir daí, criamos e concluímos estórias que dramatizam a realidade destes sob o nosso ponto de vista.
Vejo isto muito naqueles que pretendem tomar uma decisão importante na vida que saia do “normal” esperado pela maioria da sociedade. O cara teve uma idéia maravilhosa para um negócio totalmente novo, mas vai precisar vender a casa e alugar uma outra durante três anos para começar a receber os frutos deste novo negócio. Ele escreve planos, redige planos de negócios, monta planilhas, faz pesquisas de mercado, checa onde o seu plano pode furar e, um belo dia, o apresenta para a sua família que na mesma hora lhe diz que aquilo não dará certo e que é uma tolice colocar a “segurança” da sua família em risco.
NÃO SE TRATA DE FOCAR NO NEGATIVO, TRATA-SE DE FOCAR NO QUE NÃO É IMPORTANTE
Não existe como eu ou qualquer outra pessoa além de você, julgar o que lhe é importante e o que lhe é certo. Nós, as outras pessoas, sempre focaremos naquilo que nos parece errado porque ainda não fizemos todas as ligações de neurônios que precisávamos fazer para poder compreender aquilo que só você sabe e, principalmente, sente. Este é o ponto.
Esse poder de livre-arbítrio, ou seja, esse poder de escolha que todos temos, serve justamente para decidirmos o que devemos fazer, independentemente de parecer certo aos olhos dos outros ou não. Devemos respeitar as diferenças de cada um, mas seguir em frente naquilo que escolhemos, pois a única responsabilidade que temos é com a nossa própria vida. Nem noticiário devíamos assistir, pois o que acontece nos EUA ou na África não me interessa enquanto eu não for totalmente responsável e líder da minha vida.
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