Apesar
de considerar Jesus como o Messias predito pelos santos profetas, essa
série de artigos não será feita com o intuito de defender essa afirmação
(embora seja de serventia).
O principal objetivo é tornar clara que algumas afirmações que muitos judeus - não todos - vêm fazendo na internet não são bem assim como dizem. Muitos deles afirmam que o ensino judaico não acredita em certos textos bíblicos específicos como profecias messiânicas.
Certa vez, ao conversar com um judeu, perguntei sobre o Talmud, ele disse que não é para que eu lesse. Não entendi na hora o porque, mas entendi posteriormente o que talvez tenha sido o real objetivo, pois nos textos judaicos antigos existem várias informações que desmentem boa parte da apologética judaica atual, como é o caso do chamado "Servo Sofredor".
Eu realmente ainda não sei o real objetivo de passarem as informações dessa forma, afirmando que os judeus creem de uma forma, sendo que no próprio judaísmo há várias divergências, tornando mais correto dizer "judaísmos" em vez de "judaísmo". Divergem, inclusive, nas profecias messiânicas. Uma rápida pesquisa na internet demonstra isso.
Então esses textos além de ser mais uma fonte de informação em português, pois ainda não existem muitas, serve também como um manifesto em relação às informações passadas por muitos judeus (não todos) que são incompletas, dando a entender que o cristianismo está todo errado e que o judaísmo nunca entendeu as profecias citadas pelos cristãos como messiânicas (quando, esquecem eles, que os primeiros cristãos eram todos judeus).
Não estou dizendo aqui que são desonestos, pois, embora nem sempre se possa confiar no ser humano, há a possibilidade de eles terem aprendido assim, de alguém que também aprendeu assim. E há também a possibilidade de estarem certos, mesmo que as informações que passam sejam incompletas e até mesmo, como veremos, totalmente erradas (apesar de que, como disse, considerar Jesus o Messias).
Como disse em outras traduções minhas, ainda não sei inglês o suficiente para fazer uma boa tradução. Por isso peço que relevem certos erros, pois, apesar desse fato temporário, considero estas traduções suficientes para um bom entendimento e para que o leitor possa, a partir delas, passar a pesquisar por si mesmo.
Por ora esta série se limitará a alguns comentários de judeus mais antigos sobre o "Servo Sofredor". Posteriormente, quando tiver mais tempo, escreverei mais sobre minhas pesquisas sobre o assunto, e o porquê de minhas conclusões sobre as profecias.
Espero que tanto judeus quanto cristãos, ateus, agnósticos e pessoas de outros credos que também se interessam pelo assunto possam aproveitar essas informações. Espero também que os que defendem que os judeus não acreditam nesse texto como profecia, e divulgam que isso nunca fez parte dos judaísmos, possam ou tentar responder de forma coerente, ou admitir que estão passando informações que não correspondem com a realidade.
Sobre os possíveis comentários, já aviso que palavras depreciativas tanto aos judeus quanto aos cristãos não serão aceitas. Por este motivo, tanto não aceitarei chingamentos aos judeus (lembrem-se, cristãos: nossa religião começou com três judeus: José, Maria e Jesus, nosso Senhor), quanto palavras como "jizuis", "gzuis", pois também são desrespeito e demonstram que o autor de postagens assim são levados mais pela emoção do que pela razão.
Os textos dessa sério serão traduzidos da seguinte página: http://socrates58.blogspot.com/2007/03/ancient-and-medieval-jewish-bible.html
Nela vocês podem conferir melhor as referências.
Para não me estender mais, eis a primeira parte:
Retirado de Christology of the Old Testament and a Commentary on the Messianic Predictions, Ernst Wilhelm Hengstenberg (1802-1869; an orthodox Lutheran and eminent theologian)
Não pode haver qualquer dúvida de que a interpretação messiânica foi muito recebida pelos judeus, de forma geral, em épocas anteriores. Isto é até mesmo admitido por interpretes posteriores que perverteram a profecia, por exemplo, Ibn-Ezra, Jarchi [Rachi] Abravanel, e Nahmanides.
Toda a tradução Caldeia Paraphast, Jonathan, refere-se a profecia sobre o Messias. Ele parafraseia a primeira cláusula: “ei que meu Servo Messias prosperará”. O Midrash Tanchuma afirma: “Este é o Rei Messias, que é exaltado no alto, e muito exaltado, mas exaltado que Abraão, elevado acima de Moisés e maior que os anjos”.
Existe uma passagem marcante na Peskita, livro muito antigo, citado no tratado Abkath Rokhel, e reimpresso em Hulsii Theologia Judaica, onde há essa passagem:
O Rabino Moses Haddarshan afirma: “Imediatamente o Messias, por amor, tomou sobre si todas aquelas pragas e sofrimentos, como está escrito em Isaías 53. Ele foi abusado e oprimido”. No Rabboth, um comentário, Isaias 53:5 é citado, e se refere aos sofrimentos do Messias. No Midrash Tillim, um comentário alegórico sobre os Salmos impresso em Veneza em 1546, diz sobre Salmos 2, 7: “As coisas do Rei Messias são anunciadas nos profetas, e.g.,a passagem de Is 52,13 e 42, 1, na Hagiografia, e.g., Ps 60 e Daniel 7,13”
Rabino Alshech, em Hulsii Theologia Judaica, p. 321 e SS, comenta:
Se fizermos uma comparação, poucos judeus (ou seja, aqueles que não vêem o Servo como Israel) acreditam que a passagem se referem a uma pessoa que não seja o Messias. Muitos dos judeus cabalistas também fazem uma interpretação messiânica da passagem.
O principal objetivo é tornar clara que algumas afirmações que muitos judeus - não todos - vêm fazendo na internet não são bem assim como dizem. Muitos deles afirmam que o ensino judaico não acredita em certos textos bíblicos específicos como profecias messiânicas.
Certa vez, ao conversar com um judeu, perguntei sobre o Talmud, ele disse que não é para que eu lesse. Não entendi na hora o porque, mas entendi posteriormente o que talvez tenha sido o real objetivo, pois nos textos judaicos antigos existem várias informações que desmentem boa parte da apologética judaica atual, como é o caso do chamado "Servo Sofredor".
Eu realmente ainda não sei o real objetivo de passarem as informações dessa forma, afirmando que os judeus creem de uma forma, sendo que no próprio judaísmo há várias divergências, tornando mais correto dizer "judaísmos" em vez de "judaísmo". Divergem, inclusive, nas profecias messiânicas. Uma rápida pesquisa na internet demonstra isso.
Então esses textos além de ser mais uma fonte de informação em português, pois ainda não existem muitas, serve também como um manifesto em relação às informações passadas por muitos judeus (não todos) que são incompletas, dando a entender que o cristianismo está todo errado e que o judaísmo nunca entendeu as profecias citadas pelos cristãos como messiânicas (quando, esquecem eles, que os primeiros cristãos eram todos judeus).
Não estou dizendo aqui que são desonestos, pois, embora nem sempre se possa confiar no ser humano, há a possibilidade de eles terem aprendido assim, de alguém que também aprendeu assim. E há também a possibilidade de estarem certos, mesmo que as informações que passam sejam incompletas e até mesmo, como veremos, totalmente erradas (apesar de que, como disse, considerar Jesus o Messias).
Como disse em outras traduções minhas, ainda não sei inglês o suficiente para fazer uma boa tradução. Por isso peço que relevem certos erros, pois, apesar desse fato temporário, considero estas traduções suficientes para um bom entendimento e para que o leitor possa, a partir delas, passar a pesquisar por si mesmo.
Por ora esta série se limitará a alguns comentários de judeus mais antigos sobre o "Servo Sofredor". Posteriormente, quando tiver mais tempo, escreverei mais sobre minhas pesquisas sobre o assunto, e o porquê de minhas conclusões sobre as profecias.
Espero que tanto judeus quanto cristãos, ateus, agnósticos e pessoas de outros credos que também se interessam pelo assunto possam aproveitar essas informações. Espero também que os que defendem que os judeus não acreditam nesse texto como profecia, e divulgam que isso nunca fez parte dos judaísmos, possam ou tentar responder de forma coerente, ou admitir que estão passando informações que não correspondem com a realidade.
Sobre os possíveis comentários, já aviso que palavras depreciativas tanto aos judeus quanto aos cristãos não serão aceitas. Por este motivo, tanto não aceitarei chingamentos aos judeus (lembrem-se, cristãos: nossa religião começou com três judeus: José, Maria e Jesus, nosso Senhor), quanto palavras como "jizuis", "gzuis", pois também são desrespeito e demonstram que o autor de postagens assim são levados mais pela emoção do que pela razão.
Os textos dessa sério serão traduzidos da seguinte página: http://socrates58.blogspot.com/2007/03/ancient-and-medieval-jewish-bible.html
Nela vocês podem conferir melhor as referências.
* * *
Para não me estender mais, eis a primeira parte:
Retirado de Christology of the Old Testament and a Commentary on the Messianic Predictions, Ernst Wilhelm Hengstenberg (1802-1869; an orthodox Lutheran and eminent theologian)
Não pode haver qualquer dúvida de que a interpretação messiânica foi muito recebida pelos judeus, de forma geral, em épocas anteriores. Isto é até mesmo admitido por interpretes posteriores que perverteram a profecia, por exemplo, Ibn-Ezra, Jarchi [Rachi] Abravanel, e Nahmanides.
Toda a tradução Caldeia Paraphast, Jonathan, refere-se a profecia sobre o Messias. Ele parafraseia a primeira cláusula: “ei que meu Servo Messias prosperará”. O Midrash Tanchuma afirma: “Este é o Rei Messias, que é exaltado no alto, e muito exaltado, mas exaltado que Abraão, elevado acima de Moisés e maior que os anjos”.
Existe uma passagem marcante na Peskita, livro muito antigo, citado no tratado Abkath Rokhel, e reimpresso em Hulsii Theologia Judaica, onde há essa passagem:
“Quando Deus criou o mundo, Ele estendeu a mão sob o trono de sua glória, trouxe à luz a alma do Messias e disse-lhe: ‘Você vai curar e resgatar meus filhos depois de 6000 anos? Ele respondeu-lhe: ‘Vou’. Então Deus disse a ele: ‘Então você vai, também, suportar o castigo, a fim de apagar seus pecados, como está escrito: ‘Mas ele levou as nossas doenças’ (53:4) Ele respondeu-lhe: ‘Vou suportá-las com alegria’” (Cf. Zohar, 2:212 a)
O Rabino Moses Haddarshan afirma: “Imediatamente o Messias, por amor, tomou sobre si todas aquelas pragas e sofrimentos, como está escrito em Isaías 53. Ele foi abusado e oprimido”. No Rabboth, um comentário, Isaias 53:5 é citado, e se refere aos sofrimentos do Messias. No Midrash Tillim, um comentário alegórico sobre os Salmos impresso em Veneza em 1546, diz sobre Salmos 2, 7: “As coisas do Rei Messias são anunciadas nos profetas, e.g.,a passagem de Is 52,13 e 42, 1, na Hagiografia, e.g., Ps 60 e Daniel 7,13”
Rabino Alshech, em Hulsii Theologia Judaica, p. 321 e SS, comenta:
Sobre o testemunho da tradição, nossos rabinos antigos, por unanimidade, admitem que o rei Messias é o sujeito do discurso. Nós, em harmonia com eles, concluímos que o rei Davi, isto é, o Messias, deve ser considerado como sujeito desta profecia – uma opinião que é bastante óbvia.
Se fizermos uma comparação, poucos judeus (ou seja, aqueles que não vêem o Servo como Israel) acreditam que a passagem se referem a uma pessoa que não seja o Messias. Muitos dos judeus cabalistas também fazem uma interpretação messiânica da passagem.
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Aproveitando essa postagem, gostaria de divulgar essa publicação anterior: http://porquecreio.blogspot.com.br/2012/05/ajudem-um-futuro-cavaleiro.html
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