sexta-feira, 15 de abril de 2011

DHAMMAPADA Capítulo V – O Ignorante



“A noite é longa para quem não dorme e longo é o caminho para o viajante cansado. Longa é também a repetição da existência para o ignorante que desconhece o Dhamma.”


“Se um homem não encontra outro que seja igual ou superior a si, é melhor que insista sozinho na busca do Dhamma, porque a amizade não nasce com o ignorante.”


“O ignorante diz: “Tenho filhos e tenho riquezas”. Não entende que, se ele próprio não se pertence, muito menos pertencerão seus filhos e suas riquezas.”


“Se um ignorante sabe de sua ignorância, já é um sábio. Se um ignorante pensa que é sábio, é um verdadeiro ignorante.”


“Assim como a colher não saboreia a sopa, o ignorante não compreende o Dhamma só por andar junto ao sábio.”


“Assim como a boca capta o sabor da sopa, o homem inteligente compreende o Dhamma por andar junto ao sábio.”


“Os homens ignorantes são inimigos de si mesmos, pois de suas ações nascem amargos frutos.”


“Quando uma ação provoca arrependimento e derrama lágrimas, é uma má ação.”


“Se uma ação não provoca remorso e enche a mente de alegria e felicidade, é uma boa ação.”


“Enquanto não nascem os frutos da má ação, o ignorante pensa que ela é doce como o mel. Mas quando a má ação amadurece e produz seus frutos, o ignorante fica inundado pelo sofrimento.”


“Mesmo que o ignorante tivesse como único alimento, por longos meses, um punhado da erva kusa, o dano não seria nem uma sexta parte do sofrimento que produzem as más ações.”


“Assim como o leite não fica azedo de um momento a outro, a má ação também não oferece imediatamente seus frutos. Assim como o fogo queima embaixo das cinzas, a má ação queima o ignorante.”


“O ignorante consegue reconhecimento e fama que retorçem seu destino e ofuscam sua mente.”


“O ignorante quer ser elogiado e coberto de honrarias entre os monges, nos monastérios e destacar-se entre todos os homens.”


“A ambição do ignorante, seus desejos e seu orgulho vão crescendo enquanto leigos e monges pensam que ele está fazendo seu trabalho sozinho.”


“Mas uma coisa é o caminho que leva aos tesouros terrenos, outra coisa é o que leva ao Nirvana. Compreendendo isso, o monge não se deleita nos prazeres terrenos e se mantém acima deles.”

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