sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Prece aos Orixás

Prece aos Orixás
Escrito por Mara Tozatto
Qua, 20 de Outubro de 2010 09:41
Enviada por nosso amigo Eduardo Giron








Que a irreverência e o desprendimento de Exú me animem a não encarar as
coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que eu aprenda que
tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso!
Laro Yê Exu!


Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que eu me
intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam
meu caminho e seu escudo me defanda.


Ogum Yê meu Pai!


Que o labor de Oxossi me estimule a conquistar sucesso e fartura às custas
de meu próprio esforço. Suas flechas caiam à minha frente, às minhas costas,
à minha direita e à minha esquerda, cercando-me para que nenhum mal me
atinja.


Okê Arô Ode!


Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure
minhas energias, mantendo minha mente sã e corpo são.


Ewe Ossanhe.


Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal
como suas águas doces - que seguem desbravadoras no curso de um rio,
entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter
como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar - assim seja que eu
possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.


Ora YeYêo Oxum!


Que o arco-íris de Oxumaré transporte para o infinito minhas orações, sonhos
e anseios, e que me traga as respostas divinas, de acordo com meu
merecimento.


Arrobobo Oxumaré!


Que os raios de Yansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus ventos leve
para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito de se aproveitarem
de minhas fraquezas.


Êpa Hey Oyá!


Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu coração.


Seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e sua balança me
incuta o bom senso.


Caô! Caô Cabecilê!


Que as ondas de Yemanjá me descarreguem, levando para as profundezas do mar
sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-me a oportunidade de sepultar
definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio materno me acolha e
me console.


Odoyá Yemanjá!


Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas corporais,
como também ajudem meu espírito a se despojar das vicissitudes.


Atotô Obaluayê!


Que a sabedoria de Nanã me dê uma outra perspectiva de vida, mostrando que
cada nova existência que tenho, seja aqui na Terra ou em outros mundos, gera
a bagagem que me dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de
punição sem fim como julgam os insensatos.


Saluba Nanã!


Que a vitalidade dos Ibeijis me estimule a enfrentar os dissabores como
aprendizado; que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor, a tentação
me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento
moral!


Onibeijada!


Que a paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e
acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegarei ao meu objetivo
mais nobre; aos pés de Zambi maior!


Êpa Babá Oxalá.

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